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fabricante terá uma queda na produção de seus jatos de 80 para 50 aeronaves por mês este ano
A canadense Bombardier divulgou esta semana que registrará encargos especiais no valor de US$ 278 milhões para área de aeronaves comerciais ao revelar os resultados financeiros referentes ao último trimeste de 2015 no mês que vem. Esses encargos especiais vêm logo após a companhia restruturar toda o time de vendas e chegar a acordos com seus consumidores que levaram a um cancelamento de 24 ordens firmes de encomenda e 30 opções por seus jatos.
O presidente da Bombardier Business, David Coleal, afirmou que a companhia está mudando seu time de vendas a fim de focar nos relacionamentos diretos com seus clientes, diferente dos representantes de vendas e distribuidores terceirizados que serão extintos. “Este fator aliado a uma transformação robusta dos planos da Bombardier aumentará nossa lucratividade a longo prazo”, disse Coleal.
A Bombardier enfrentou uma onda de más notícias no ano passado em relação a sua divisão de aeronaves comerciais, ao começar janeiro anunciando um ajuste decrescente de US$ 1,2 bilhão no valor de seus ativos relacionados a “pausa” no programa de desenvolvimento da aeronave Learjet 85. Em julho, a Bombardier anunciava um atraso de dois anos na entrega do Global 7000 por conta da decisão de redesenhar a asa da aeronave. No mesmo momento, a fabricante anunciava uma queda na produção de seus jatos de 80 para 50 aeronaves por mês já para este ano.
Em outubro, finalmente a Bombardier terminou o programa do Learjet 85 e anunciou encargos especiais de US$ 1,4 bilhão. Por outro lado, a fabricante não quis detalhar os tipos de aeronaves envolvidas no novo acordo que resultou no cancelamento de 24 ordens de compra no último trimestre. No total, a preços de tabela, os valores chegavam a US$ 1,75 bilhão.
Para Coleal, os cancelamentos devem ter um efeito positivo já que, enquanto a produção cai, os custos da Bombardier têm ultrapassado os valores dos contratos de venda. Esses slots de produção, a partir de agora, podem ser preenchidos por encomendas com uma maior margem de lucro. “Ao restruturar esses acordos comerciais , iremos fortalecer ainda mais nosso negócio e solidificar nossa lucratividade a longo prazo”, finalizou o presidente.
