Brasil cai em ranking de conectividade internacional: “país cria dificuldades”, diz diretor da Iata

O Brasil, que ficou no 38º lugar e foi o único país que perdeu posição, foi criticado pelo executivo por ser o único país que decidiu implementar a exigência de vistos para os EUA, Canadá e Austrália (Divulgação/Inframerica)

O Country Director da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), Dany Oliveira, compartilhou em suas redes sociais uma tabela produzida pela própria entidade sobre o índice de conectividade internacional dos países. O ranking reflete o grau em que um país está conectado à rede de transporte aéreo, global ou regional, permitindo que os formuladores de políticas avaliem até que ponto seu país está bem integrado, além de fornecer uma medida importante para apoiar a tomada de decisões políticas.

A tabela revelou que os Estados Unidos continuam na liderança, enquanto a Índia conquistou a 10ª posição neste ranking. Em um recorte regional com os Top 5 países latino-americanos, o México lidera o ranking com folga, ocupando a 16ª posição (subiu 3 posições desde 2019). O Brasil, que ficou no 38º lugar e foi o único país que perdeu posição, foi criticado pelo executivo por ser o único país que decidiu implementar a exigência de vistos para os EUA, Canadá e Austrália.

“Como os outros países não aplicam essa medida, bem provável que vão continuar melhorando no ranking enquanto o Brasil cria dificuldades para os visitantes dessas nacionalidades”

“Como os outros países não aplicam essa medida, bem provável que vão continuar melhorando no ranking enquanto o Brasil cria dificuldades para os visitantes dessas nacionalidades. Em 2023, mais de 750 mil americanos e canadenses visitaram o Brasil”, disse ele. “A medição e a compreensão da conectividade aérea podem ajudar os governos a desenvolver e implementar políticas baseadas em evidências com o objetivo de melhorar o nível de integração internacional do país”, complemenrtou.

Dany Oliveira lembra ainda que o transporte aéreo é uma forma vital de conectividade na era moderna. “Ele fornece as conexões entre pares de cidades e mercados, possibilitando o comércio mundial, o investimento, o turismo, a inovação e a disseminação de ideias, entre outras atividades econômicas importantes. Como a única rede de transporte global rápido, a aviação facilita os vínculos entre empresas, governos e pessoas sustentando de forma eficiente os fluxos de pessoas, bens e serviços em todo o planeta”, diz.

O diretor destaca ainda que a  conectividade aérea contribui para o aumento da produtividade econômica, incentivando o investimento e a inovação, melhorando as operações. “A eficiência dos negócios e é indispensável para o turismo, um importante motor de crescimento econômico, especialmente em muitas economias emergentes. Globalmente, 54% dos turistas internacionais viajam de avião. Portanto, melhorar a conectividade aérea pode gerar um impulso substancial ao crescimento econômico”, finalizou.