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Aviação

Efeito MAX: 371 aeronaves não entregues e prejuízo que chegará a US$ 8 bilhões

B737 MAX 8

São cerca de US$ 5,6 bilhões em prejuízos somente no segundo trimestre, valor estimado que será pago como forma de compensação aos clientes

Com a previsão de só conseguir os certificados necessários do B737 MAX em outubro, a Boeing já começou a calcular o tamanho do prejuízo que terá com a paralisação de uma das peças mais importantes de sua frota. No fim da última semana, a fabricante norte-americana anunciou exatos US$ 7,3 bilhões (até o momento) em custos que afetarão diretamente seus resultados financeiros nos próximos trimestres.

O preço pago pelos problemas do B737 MAX pode chegar tranquilamente a US$ 8 bilhões. Além das inúmeras compensações que serão pagas aos clientes que já contam com a aeronave, atualmente paradas em seus respectivos hangares, a Boeing ainda foi obrigada e desacelerar a produção e suspender as entregas da aeronave mais popular de seu portfólio, um acúmulo de decisões que somam prejuízos à empresa.

São cerca de US$ 5,6 bilhões em prejuízos somente no segundo trimestre, valor estimado que será pago como forma de compensação aos clientes. O desaceleramento da produção, por sua vez, custa US$ 1,7 bilhão aos cofres da fabricante, que já tinha anunciado US$ 1 bilhão em custos associados com a paralisação dos MAXs somente no último trimestre já certa de mais prejuízo está a caminho.

São 371 aeronaves paradas e outras não entregues, o que fez o estacionamento de carros da fábrica da Boeing, em Washington, ser invadido pelos B737 MAXs. “Este é um momento de definição para a Boeing. A paralisação do MAX trouxe ventos contrários, e o impacto financeiro registrado este trimestre reflete os atuais desafios da fabricante e ajuda a entender futuros riscos financeiros”, disse Dennis Muilenburg, CEO da Boeing.

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São 371 aeronaves paradas e outras não entregues, o que fez o estacionamento de carros da fábrica da Boeing, em Washington, ser invadido pelos B737 MAXs

A suspensão das operações do B737 MAX em todo o mundo, após dois acidentes fatais envolvendo voos de Lion Air e Ethiopian Airlines, também fez o número de aeronaves entregues pela Boeing no segundo trimestre de 2019 despencar. Enquanto a fabricante norte-americana tinha registrado 149 unidades entregues no primeiro trimestre, de abril a junho apenas 90 tinham deixado suas fábricas.

Por conta da paralisação do B737 MAX, United Airlines e American Airlines seguem realizando mudanças em suas respectivas malhas aéreas por conta da paralisação dos B737 MAXs. Enquanto a United estima o cancelamento de mais 5 mil voos (45/dia em julho, 60/dia em agosto, 70/dia em setembro e 96/dia em outubro), a American, por sua vez, prevê a não operação de mais de 10 mil voos (115 voos por dia) até novembro. A Southwest seguiu as rivais e decidiu manter os B737 MAXs fora de serviço até o dia 2 de novembro.

Do outro lado do Atlântico, a Ryanair ja ameaça fechar suas bases pela Europa e cortar voos justamente por conta da paralisação das operações do B737 MAX. A expectativa da low-cost irlandesa agora é contar somente com a metade de aeronaves que estavam originalmente previstas para operar durante o verão de 2020.

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