Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação

Emirates vai aos EUA e nega recebimento de subsídios ilegais

Tim Clark

Tim Clark


Quem sempre ouviu calado, agora decidiu se pronunciar! A Emirates Airline, diferente da Qatar Airways que por vezes respondeu às críticas feitas por parte das aéreas norte-americanas sobre os subsídios ilegais que estariam prejudicando o acordo de Open Skies, resolveu partir para o ataque sobre a questão do acordo de Open Skies na manhã desta terça-feira (30), em Washington.

A aérea baseada nos Emirados Árabes Unidos apresentou um documento de 388 páginas ao governo norte-americano, afirmando que as reclamações e críticas proferidas pelas três grandes companhias aéreas dos Estados Unidos (American, Delta e United), de que as aéreas do Golfo Pérsico (Emirates, Etihad e Qatar Airways) recebem subsídios do governo, são “patentemente falsas”.

“O que alegam sobre nós termos recebido subsídios ilegais é falso. Nós fechamos a conta no positivo, apresentamos lucros e ganhos há 27 anos seguidos e, ao contrário do que dizem, jamais dependemos de subsídios do governo ou qualquer tipo de protecionismo para prosperarmos.”, disse o CEO da Emirates, Tim Clark.

As 388 páginas do documento entregue pela Emirates é apenas uma resposta às 55 páginas escritas e entregues pelas aéreas norte-americanas ao presidente Barack Obama, em janeiro, alegando que as aéreas do Golfo receberam cerca de US$ 42 bilhões em subsídios injustos por parte de seus governos por um período de 10 anos, o que prejudicaria a concorrência e o próprio acordo de Open Skies.

Para as aéreas baseadas nos Estados Unidos, Etihad, Emirates e Qatar Airways foram responsáveis pela distorção do mercado mundial de aviação. Para o CEO da Emirates Airline, Tim Clark, o que as aéreas norte-americanas querem é a “proteção do mercado estadunidense por parte do governo que evitaria a concorrência e poria fim no acordo de Open Skies”, disse.

O documento de 55 páginas entregue em janeiro, disse Tim Clark, contém “uma série de afirmações comprovadamente imprecisas, distorcidas e má interpretadas sobre o acordo Open Skies”, disse o CEO, que assim como a Qatar e Etihad fizeram antes, negou o recebimento de subsídios considerados ilegais e injustos.

Resposta rápida

Logo após a ofensiva por parte da Emirates Airline, a parceria criada pelas três norte-americanas (American, Delta e United) resolveu se pronunciar em nota. A Partnership for Open & Fair Skies, que representa, além das aéreas, dezenas de sindicatos, afirmou:

“A Emirates pode enviar quantas páginas ela quiser, mas ainda nao abordou o que tem sido documentado: que a aérea recebeu bilhões de dólares em subsídios e benefícios injustos do tesouro dos Emirados Árabes Unidos. Nossa investigação mostra que esses investimentos provenientes do governo permitiram que Emirates, Etihad e Qatar Airlines se expandissem rapidamente por todos os mercados, distorcendo a concorrência internacional e levando vantagem no campo de jogo. Com os postos de trabalho em jogo, o tempo para a ação do governo norte-americano é cada vez mais urgente. Nós respeitosamente pedimos que o governo consulte o Catar e os EAU e permaneça contra esses subsídios ilegais que violam o acordo de Open Skies”, disse o documento.

Receba nossas newsletters