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Aviação / Destinos / Turismo em Dados

ForwardKeys destaca ‘gargalo de capacidade’ na recuperação da conectividade aérea do Brasil

Apesar da capacidade limitada e das tarifas mais altas, a intenção de viagem, medida em buscas de voos para o Brasil, mostra que a demanda pelo destino ainda é alta

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Segundo o estudo, a capacidade aérea limitada dos mercados de origem globais mais reativos acabam impedindo a recuperação das viagens no Brasil (Eric Ribeiro/M&E)

Um estudo desenvolvido pela ForwardKeys destacou que o Brasil, destino de grande interesse para muitos – do ponto de vista de viagens de chegadas e saídas, considerando o seu tamanho, ainda sofre com um gargalo no volume de assentos no processo de recuperação de sua conectividade aérea global. É o maior país da América Latina e uma das superpotências turísticas em ascensão do continente, mas tem tido dificuldade em atrair viajantes internacionais desde a reabertura das fronteiras.

É o que diz o estudo ao apresentar dados referentes ao primeiro semestre deste ano, como veremos mais abaixo. A ForwardKeys destaca que a recuperação da conectividade aérea tem sido um aspecto fundamental na recuperação das viagens em todo o mundo. Segundo o estudo, a capacidade aérea limitada dos mercados de origem globais mais reativos acabam impedindo a recuperação das viagens no Brasil.

A capacidade de assentos em voos internacionais para América Latina durante o primeiro semestre do ano, por exemplo, de acordo com o planejamentos das companhias, está 11% abaixo dos níveis de 2019, enquanto para o Brasil este número cai para 18%

Embora a demanda por viagens continue alta, a retomada de rotas e da capacidade de assentos aos níveis pré-pandemia continua sendo crucial para os destinos captarem o interesse dos mercados de origem já mais recuperados. A capacidade de assentos em voos internacionais para América Latina durante o primeiro semestre do ano, por exemplo, de acordo com o planejamentos das companhias, está 11% abaixo dos níveis de 2019, enquanto para o Brasil este número cai para 18%.

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Comparação de capacidade aérea entre os hubs de Bogotá, na Colômbia, e Rio de Janeiro e São Paulo, no Brasil (Divulgação)

Em comparação, a capacidade da Colômbia, país vizinho, para voos internacionais aumentou 28% em relação aos números de 2019. Olhando para cidades de destino específicas nos dois países, a capacidade internacional do hub de Bogotá aumentou 22% em relação aos níveis pré-pandêmicos, enquanto São Paulo (-12%) e Rio de Janeiro (-26%) no Brasil ainda estão abaixo dos níveis pré-pandemia, de acordo com estudo da ForwardKeys.

“A falta de conectividade com o Brasil não apenas limita as chances de o país atrair mais estrangeiros, mas também aumenta as tarifas aéreas. Por exemplo, os preços da Europa para a Colômbia estão subindo em linha com a inflação, com oferta aérea acima dos níveis de 2019 no primeiro semestre do ano, enquanto as tarifas da Europa em janeiro e fevereiro para os principais destinos do Brasil foram 34% acima do mesmo momento em 2019 devido, em parte, à falta de conectividade”, destacou a empresa.

“Equador (-14%), Argentina (-18%) e Brasil (-24%) continuarão abaixo dos níveis de 2019 pelo menos na primeira metade do ano, embora estejam mostrando uma melhora acentuada no ano”

Apesar disso, a empresa informa que estas tendências sugerem algum otimismo cauteloso, pois os resultados gerais para a América Latina são promissores, apenas 5% abaixo dos níveis pré-pandêmicos para chegadas internacionais.

“A retomada é um processo muito desigual na América Latina. Por exemplo, a Colômbia pode receber mais chegadas internacionais durante o primeiro semestre de 2023 do que no mesmo momento pré-pandemia. Com 1% a mais de passagens confirmadas para chegadas internacionais do que no primeiro semestre de 2019, o país deve ser o primeiro destino latino-americano a atingir a recuperação total. Equador (-14%), Argentina (-18%) e Brasil (-24%) continuarão abaixo dos níveis de 2019 pelo menos na primeira metade do ano, embora estejam mostrando uma melhora acentuada no ano”, informou.

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