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Aviação

Gol prepara expansão internacional, com possíveis voos para Bogotá, em sinergia com Grupo Abra

Celso Junior presidente da Gol Gol prepara expansão internacional, com possíveis voos para Bogotá, em sinergia com Grupo Abra

Celso Ferrer, CEO da Gol (Eric Ribeiro/M&E)

“Market share não é uma meta para a companhia, e sim ser a primeira para todos”. Foi o que disse Celso Ferrer, CEO da Gol, em entrevista exclusiva ao M&E durante a Abav Expo 2023. Os princípios de ser a primeira para todas, de democratizar o transporte aéreo e de focar prioritariamente na experiência do cliente, que continuarão guiando a companhia pelos próximos anos e décadas, foram apenas alguns assuntos abordados pelo executivo neste bate-papo especial. Então, vamos por partes?

Conversamos sobre o futuro da Gol, sobre a sinergia com o Grupo Abra, sobre Reforma Tributária, sobre a transferência de voos do Santos Dumont para o Galeão e até sobre as novidades anunciadas recentemente pela Smiles. E nesta segunda parte da entrevista (espera que vem mais por aí!), a gente abordou a expansão internacional da Gol e a sinergia com o Grupo Abra. E sobre o que Celso espera da Gol, a gente pode conferir neste link, publicado no dia da entrevista.

Mercado internacional em expansão, com voos para Bogotá

Gol Gol prepara expansão internacional, com possíveis voos para Bogotá, em sinergia com Grupo Abra

Questionado pelo M&E se a Gol um dia teria uma classe executiva com assentos cama (full-flat bed) para voos internacionais, Celso Ferrer disse que não está nos planos, mas que não significa que a companhia não estude isso o tempo todo (Divulgação)

O primeiro deles é a expansão além das fronteiras do mercado doméstico. “Estamos quase do tamanho que estávamos até 2019, voando bastante para o mercado argentino e Estados Unidos. A partir do fim do ano, teremos partidas de Brasília e também retomaremos Uruguai, Paraguai e Bolívia. Vamos expandir ainda mais os voos internacionais. São destinos que não podemos divulgar em primeira mão, mas devemos voltar para Bogotá pela primeira vez desde 2008, quando ocorreu a fusão da Varig”, disse ele.

“Para se tornar viável, a gente precisaria de mais aeronaves dedicadas apenas ao mercado internacional” – disse ele sobre revolucionar a classe executiva do B737 MAX para voos internacionais.

Celso destacou ainda que o produto da Gol é muito bom para o mercado latino americano, com baixo custo e todos os atributos que o cliente quer e necessita. “É uma experiência digital fácil, com flexibilidade, conectividade, avião com serviço completo, programa de fidelidade forte e com grandes parcerias. Oferecemos passagens com custo baixo e atributos que considerados fundamentais, sempre preservando a essência da companhia”, disse o presidente da Gol.

Questionado pelo M&E se a Gol um dia teria uma classe executiva com assentos cama (full-flat bed) para voos internacionais, Celso Ferrer disse que não está nos planos, mas que não significa que a companhia não estude isso o tempo todo. “Para se tornar viável, a gente precisaria de mais aeronaves dedicadas apenas ao mercado internacional. A essência da empresa é utilizar o máximo possível o avião, seja para voos domésticos ou internacional. Uma aeronave com classe executiva voando no doméstico também não seria possível. A chave para essa pergunta seria conseguir uma frota com ganhos de escala e tamanho suficiente. Aí sim, bem provável que fizesse sentido”, revelou.

O futuro e a sinergia com o Grupo Abra

avianca gol Gol prepara expansão internacional, com possíveis voos para Bogotá, em sinergia com Grupo Abra

Grupo Abra foi criado para ser uma grande plataforma para as companhias aéreas que são super fortes em seus mercados locais (Divulgação)

Formado há mais de um ano após os acionistas controladores de Gol e Avianca Holdings fecharem um negócio para a criação de uma holding, o Grupo Abra foi criado para ser uma grande plataforma para as companhias aéreas que são super fortes em seus mercados locais. Enquanto a Avianca tem mais de 100 anos, a Gol é tradicional no Brasil. Mas, onde o Grupo Abra quer chegar? “Queremos manter a essência das companhias e o modelo de negócios destas companhias”, disse Celso.

“E o que queremos é alavancar essa expertise da Avianca em vários países, colocar voos das duas companhias, entre Brasil, Colômbia e mais países, para que possamos olhar para o Grupo Abra e termos mais opções de voos”

Ele lembra que a Avianca está passando por uma transformação para ser uma super low-cost. “Temos uma agenda comum e um modelo de negócios nem parecido. E a ideia é justamente criar sinergias, poder trabalhar junto, já que não temos sobreposição de malhas. A Avianca tem uma posição estratégica e uma grande conectividade em Bogotá, ligando muito bem o mercado internacional. E o que queremos é alavancar essa expertise da Avianca em vários países, colocar voos das duas companhias, entre Brasil, Colômbia e mais países, para que possamos olhar para o Grupo Abra e termos mais opções de voos”, destacou o CEO da Gol.

Entre as vantagens, Ferrer destacou o leque de opções muito maior para os passageiros, a tendência de aumentar a base do programa de fidelidade e a cooperação comercial. “São empresas muito fortes, que estarão juntas na expansão de malha, nas sinergias comerciais,na aproximação dos programas de fidelidade LifeMiles e Smiles, toda a parte do supplier chain e da frota. É um grupo com mais de 300 aeronaves em toda a frota”, frisou Celso Ferrer.

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