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Aviação / Política

Iata agradece apoio de governos contra Covid-19, mas alerta: “é preciso intensificar a ajuda”

Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da Iata

Alexandre de Juniac, CEO da Iata

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) agradeceu o apoio financeiro de governos às companhias aéreas e pediu que os outros sigam o exemplo antes que ocorram mais danos. De acordo com a mais recente análise da Iata, a receita anual de passageiros terá queda de US$ 252 bilhões se as restrições rigorosas de viagens permanecerem em vigor por três meses, um um declínio de 44% em relação a 2019. Esses números são maiores que o dobro da análise anterior da Iata.

A Iata pede o suporte financeiro direto às transportadoras de passageiros e cargas para compensar a queda na receita e liquidez resultante das restrições de viagens; garantias de empréstimos e apoio ao mercado de títulos corporativos de governos ou bancos centrais; e descontos nos impostos sobre os salários pagos até o momento em 2020 e/ou prorrogação dos prazos de pagamento para o restante de 2020, além da renúncia temporária dos impostos sobre as passagens e outras taxas impostas.

“As companhias aéreas estão lutando para sobreviver em todas as regiões do mundo. Restrições de viagens e queda na demanda significam que, com exceção do transporte de carga, quase não há transporte de passageiros. Para as companhias aéreas, isto é o apocalipse. E há uma saída pequena, que diminui cada vez mais, para os governos apoiarem financeiramente e impedir que uma crise de liquidez feche o setor”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.

Exemplos de apoio de governos

  •  A Austrália anunciou um pacote de ajuda de A$ 715 milhões (US$ 430 milhões), que inclui restituições e isenções de impostos sobre combustíveis e de taxas de segurança de aviação regional e tarifas de navegação aérea doméstica;
  • O Brasil está permitindo que as companhias aéreas adiem pagamentos de tarifas aeroportuárias e de navegação aérea.
  • A China adotou uma série de medidas, incluindo reduções nas tarifas de pouso, estacionamento e navegação aérea, além de subsídios para que as companhias aéreas mantenham seus voos para o país.
  • A Autoridade Aeroportuária de Hong Kong (HKAA), com apoio do governo, está fornecendo um pacote de ajuda no valor total de HK$ 1,6 bilhões (US$ 206 milhões) para a comunidade aeroportuária, incluindo isenções de taxas aeroportuárias e de navegação aérea e certas taxas de licenciamento e reduções de aluguel para provedores de serviços de aviação.
  • O governo da Nova Zelândia abrirá um empréstimo de NZ$ 900 milhões (US$ 580 milhões) para a transportadora nacional, além de um pacote de ajuda adicional de NZ$ 600 milhões para o setor de aviação.
  • O governo da Noruega está fornecendo uma garantia condicional de empréstimo estatal para o setor de aviação, totalizando NKr6 bilhões (US$ 533 milhões).
  • O Ministro da Fazenda do Qatar emitiu uma declaração de apoio à transportadora nacional.
  • A Cingapura adotou medidas de alívio no valor de S$ 112 milhões (US$ 82 milhões), incluindo descontos nas taxas aeroportuárias, assistência aos agentes em terra e descontos no aluguel no Aeroporto de Changi.
  • A Suécia e a Dinamarca anunciaram US$ 300 milhões em garantias de empréstimos estatais para a transportadora nacional.

Além desse apoio, o Banco Central Europeu e o Congresso dos Estados Unidos devem adotar medidas importantes para ajudar o setor de aviação em suas respectivas jurisdições como parte de pacotes de medidas econômicas mais abrangentes.

“Isso mostra que muitas nações de todo o globo reconhecem o papel fundamental da aviação no mundo moderno. Mas outras ainda precisam agir para preservar o papel deste setor. As companhias aéreas são peças fundamentais para a economia e a geração de empregos. Isso pode ser visto mesmo quando as operações de passageiros diminuem, pois as companhias aéreas continuam entregando cargas que mantêm a economia girando e levando suprimentos de socorro para onde são necessários. A capacidade das companhias aéreas de atuarem como um catalisador da atividade econômica será vital para reparar os danos econômicos e sociais que a COVID-19 está causando agora”, disse Alexandre de Juniac.

 

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