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Aviação / Política

Iata e Alta alertam para ‘risco iminente’ pela restrição de voos na Argentina

Aeroporto de Rosário, na Argentina. Medida visa estimular voos de províncias para o exterior.

Aeroporto de Rosário, na Argentina

O Conselho Internacional dos Aeroportos – América Latina (ACI-ALC), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) fizeram uma chamada urgente às autoridades argentinas sobre o risco iminente e substancial que representa a Resolução 144/2020 (Autorização de Transporte de Passageiros), que restringe a operação da aviação no país até 1° de setembro de 2020.

“A decisão afeta diretamente todo o setor aéreo da Argentina e da região, companhias aéreas nacionais e internacionais, negócios, comércio, turismo e setores relacionados do país. O risco de sobrevivência que as companhias enfrentarão sob esta resolução ameaça milhares de empregos, a conectividade da Argentina com o mundo, bem como a conectividade interna, vital para o transporte de suprimentos essenciais e o bem-estar econômico e social do país”, dizem as entidades.

A Argentina precisa de transporte aéreo para a comunicação, transporte e operação oportuna de inúmeras atividades econômicas. Somente o setor de viagens e turismo contribui com 10% para o PIB do país e gera 9,4% dos empregos no país, com quase 2 milhões de fontes de emprego, de acordo com estudos do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). “Da mesma forma, os aeroportos argentinos enfrentarão uma situação séria, pois devem continuar operando com seus respectivos custos operacionais para atender a carga aérea e voos humanitários, mas sem voos comerciais de passageiros, cuja atividade representa mais de 80% de sua receita”, afirmam.

As entidades afirmam que entendem complexa situação pela qual os governantes estão passando, cuja prioridade número um é e será garantir a saúde e a segurança da população diante de qualquer adversidade. “Também entendemos o princípio de soberania de cada governo. Entretanto, é nossa responsabilidade expressar a profunda preocupação gerada pela resolução referenciada, que não foi compartilhada ou acordada com a indústria e, além disso, contraria os esforços de todos os atores do setor em propor e implementar um plano para a reativação responsável e segura que restabelece atividades comerciais e um serviço essencial para a população”, afirmam.

Cada trabalho na aviação gera quatro empregos adicionais em setores relacionados. “Estamos diante de um cenário altamente complexo, no qual cerca de 50% dos custos fixos das companhias aéreas permanecem intactos e também não recebem receita no momento. Infelizmente, muitas empresas do setor não conseguirão sobreviver se esta resolução for implementada conforme o planejado. Em nome das empresas do setor, reiteramos nosso apelo ao diálogo oportuno e à tomada de decisão articulada, diligente e eficiente para o bem-estar da população”, dizem Alta, Iata e ACI-ALC.

 

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