Iata: oferta e demanda global têm aumento em agosto; Brasil segue em recuperação

Alexandre de Juniac

Mais um mês de forte crescimento do tráfego internacional aéreo de passageiros. De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), os números revelados nesta quinta-feira (05) mostram um crescimento de demanda global (medida em RPKs) de 7,2% para agosto de 2017, se comparado com o mesmo período do ano passado, enquanto a capacidade (medida em AKSs) cresceu 6,3%. Estes dados formam a equação padrão que revela uma taxa de ocupação média de 84,5%, aumento de 0,5 p.p se comparado a agosto de 2016.

“Seguindo os fortes números da alta temporada de verão do hemisfério norte (boreal), 2017 está no caminho para ser mais um ano de forte crescimento de tráfego global. Da mesma forma que vamos nos aproximando do final do ano, esperamos que o crescimento continue, mas potencialmente um ritmo mais lento”, disse o diretor geral da Iata, Alexandre de Juniac.

Resultados da aviação doméstica nas principais regiões

As companhias da América Latina registraram um crescimento médio de 9,3% na demanda para este mês de agosto, se comparado com o mesmo período do ano anterior. Embora este índice seja 11,1% menor do que o registrado em julho, continua sendo o melhor desempenho se comparado com outras regiões. A capacidade, por sua vez, cresceu 10,1%, e, junto da oferta, fez a taxa de ocupação média chegar a 82,7%, queda de 0,6 p.p. Com este resultado, a América Latina se tornou a única região no mundo a verificar queda no LF (Load Factor).

Em nota, a Iata afirma que o tráfego de passageiros entre América do Norte e do Sul começou a se recuperar nos últimos meses, ajudado pelos sinais da recuperação econômica do Brasil, a maior economia da região. Por falar no mercado brasileiro, a associação também calculou os resultados alcançados pela aviação doméstica neste mês de agosto: o tráfego cresceu 5,5% se comparado a agosto de 2016, enquanto a capacidade subiu 3,6%. Isto fez a taxa de ocupação média de nossas aeronaves chegar a 80,3%, aumento considerável de 1,4 pontos percentuais.