Rolls-Royce decide abandonar projeto da Boeing de nova família de aeronaves

Em nota, a Rolls-Royce afirmou que não quer colocar sua reputação em risco

A Boeing não poderá mais contar com os motores Rolls-Royce no possível desenvolvimento de uma nova família de aeronaves de médio porte. Isto porque nesta sexta-feira (1°), num movimento até brusco e não esperado pela indústria, a fabricante de motores decidiu se retirar de qualquer contesto inserido pela Boeing no projeto de criação de uma nova aeronave, citando inúmeros desafios apresentados pela Boeing num curto espaço de tempo.

Em nota, a Rolls-Royce afirmou que não quer colocar sua reputação em risco e ter mais problemas com companhias aéreas clientes ao colocar um produto em serviço sem tempo mínimo para testes extensivos. Tudo para evitar aquela novela do Trent 1000, que trouxe muita dor de cabeça para os clientes de A330s e B787s, e muitos problemas a serem resolvidos para a Rolls-Royce.

O CEO da Rolls-Royce, Warren East, afirmou que a decisão de se retirar de um projeto como este foi “muito difícil” de ser tomada, o que automaticamente abre as portas para a CFM International e a Pratt & Whitney, atuais grandes concorrentes nos mercados de motores para aeronaves comerciais da Boeing e Airbus. “Se entrarmos em serviço com um motor que não é totalmente maduro, inevitavelmente teremos que resolver problemas de diversos clientes que se sentirão prejudicados no futuro, além de termos uma série de custos extras de manutenção”, revelou East.