Há cerca de dois anos no Brasil e com um português quase fluente, o diretor Geral da Royal Air Maroc no país, Mehdi El Yaalaoui, deixa transparecer o sucesso da operação da aérea no país com o seu otimismo. Nem a crise econômica tira o bom humor do executivo. A companhia tem atingido altos índices de ocupação e já tem planos para ampliar de três para quatro frequências semanais a rota São Paulo-Casablanca. Chegar neste ponto, no entanto, não foi tarefa fácil.
“A burocracia nos atrapalhou muito”, contou o executivo, que recebeu a reportagem do M&E no escritório da empresa, em São Paulo. “Como operamos no Brasil entre 1976 e 1992, tínhamos que reativar o antigo CNPJ e isso foi muito difícil”, complementou Yaalaoui.
O fato, porém, ficou para a história e ao invés de lamentar, a companhia corre contra o tempo perdido e foca na ampliação das vendas. Embora o voo tenha efetivamente começado em dezembro de 2013, a aérea só pôde começar a comercializar os bilhetes no país a partir de janeiro deste ano. “Precisamos agora ampliar o nosso marketing e promoção para o trade brasileiro. O consumidor e os agentes de viagens precisam conhecer a Royal Air Maroc”, ressaltou.
Ele revelou que as consolidadoras já estão comercializando o produto e destacou também o apoio da CVC, que é líder de vendas para o destino. Além disso, o portfólio da Royal Air Maroc já está disponível em algumas OTAs, como Decolar e Expedia. Em breve Viajanet e Submarino também disponibilizarão o produto.
Com foco nos agentes de viagens, a companhia está realizando workshops junto às agências e operadoras para mostrar as particularidades do produto, destinos e acordo interline com a Gol aos profissionais. Junto com o Turismo de Marrocos, a aérea também estará presente na Abav 2015 e na WTM Latin America.
Neste período, a ocupação média do voo da Royal Air Maroc entre São Paulo e Casablanca é de 70%, embora em algumas semanas ultrapasse os 80%. “Nosso target, até visando ampliação de oferta, é uma média de 75%”, disse Yaalaoui. “Já solicitamos a quarta frequência, mas devemos operá-la apenas no segundo semestre de 2016. Também há a possibilidade da quinta, mas preferimos subir um degrau por vez e crescer devagar”, completou.