A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a contraindicar o embarque de passageiros que possuem viagens programadas em navios de cruzeiro para os próximos dias, em especial diante dos aumentos de casos de Covid-19 com identificação de surtos a bordo das embarcações que operam na costa brasileira, como o Costa Diadema, da Costa Cruzeiros, e o MSC Splendida, da MSC Cruzeiros.
“A recomendação da Agência leva em consideração a mudança rápida no cenário epidemiológico, o risco de prejuízos à saúde dos passageiros e a imprevisibilidade das operações neste momento”, informa o órgão. Ainda segundo a Anvisa, investigações conduzidas nos últimos dias demonstram que o vírus Sars-Cov-2 se espalha facilmente entre pessoas próximas a bordo de navios e a chance de contrair Covid-19 em navios de cruzeiro é alta.
“A recomendação da Agência leva em consideração a mudança rápida no cenário epidemiológico, o risco de prejuízos à saúde dos passageiros e a imprevisibilidade das operações neste momento”
“Assim, a recomendação visa proteger a saúde da população e evitar transtornos aos viajantes, considerando-se a possibilidade de interrupção e redução das programações dos navios por decisão sanitária, as indefinições que podem ocorrer para embarque e desembarque, com eventual necessidade de desembarque em porto diferente do inicialmente planejado e a possibilidade de quarentena dos navios, o que pode representar um desconforto para todos”, frisou a Anvisa.
Recomendação de suspensão da temporada
A Anvisa reforçou a urgência da imediata interrupção da temporada de navios de cruzeiro no Brasil. Em que pese os esforços da Agência nos últimos dias para controlar a situação sanitária das embarcações, as ações são gravemente impactadas por falhas no cumprimento dos protocolos pactuados para início da temporada.
“Em razão do grave risco à saúde da população, a Anvisa já recomendou ao Ministério da Saúde que revisitasse a posição sobre a temporada de navios de cruzeiro disposta na Portaria GM/MS nº 2.928, de 2021, até que seja reavaliado o cenário sanitário e epidemiológico. A Agência segue aguardando a rápida e urgente manifestação do Ministério da Saúde, sob pena de graves episódios sanitários com risco à saúde pública”, informou a Anvisa.