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Um dos marcos mais importantes de 2021 foi a entrega do Wonder of The Seas, o maior navio de cruzeiros do mundo
O Grupo Royal Caribbean divulgou nesta sexta-feira (4) os resultados operacionais e financeiros referentes ao ano de 2021 e uma atualização sobre seus negócios. A empresa, que retomou gradualmente suas operações a partir de dezembro de 2020, registrou um prejuízo operacional de US$ 5,8 bilhões e prejuízo líquido ajustado de US$ 4,8 bilhões no ano de 2021, valor ainda mais agravante do que os US$ 3,9 bilhões de perdas em 2020.
Apesar disso, segundo Jason Liberty, CEO da Royal Caribbean, o ano de 2021 “marcou o início do retorno à nossa missão de oferecer as melhores experiências de férias. Durante 2021, tivemos um progresso significativo em nossa recuperação, com mais de 85% de nossa capacidade sendo retomada e entregando experiências seguras e memoráveis a cerca de 1,3 milhão de hóspedes, com índices recordes de satisfação”, destacou.
“Durante 2021, tivemos um progresso significativo em nossa recuperação, com mais de 85% de nossa capacidade sendo retomada e cerca de 1,3 milhão de hóspedes (transportados)”
Até o final de 2021, o Grupo já havia retomado as operações de 50 dos 61 navios da frota de suas cinco marcas, representando mais de 85% de sua capacidade mundial. Somente no quarto trimestre, 12 navios adicionais voltaram ao serviço. E apesar dos transtornos causados pela Ômicron, até o final do primeiro trimestre deste ano, o Grupo espera que 53 dos 62 navios estejam de volta ao serviço, com o restante da frota retornando às operações antes da temporada de verão nos Estados Unidos.
Além disso, os navios que operaram os principais itinerários de inverno do Grupo no quarto trimestre atingiram uma taxa de ocupação de 65%. A receita total por Dia de Cruzeiro de Passageiros no último trimestre do ano, por exemplo, aumentou 10% em relação aos níveis recordes de 2019, impulsionados pelo forte desempenho da receita a bordo. Apesar do impacto da Ômicron, o fluxo de caixa total dos navios em operação foi positivo.
Até o final do primeiro trimestre, o Grupo espera que 53 dos 62 navios estejam de volta ao serviço, com o restante da frota retornando às operações antes da temporada de verão nos Estados Unidos
A empresa informou ainda que está expandindo a frota, enfatizando padrões de saúde e segurança, aprimorando experiências de hóspedes, mas sempre com prudência financeira. “Embora 2021 tenha sido outro ano desafiador em termos financeiros, terminamos o ano em uma posição mais forte do que no início dele e tivemos um grande progresso em nossa recuperação”, disse Naftali Holtz, diretor financeiro do Grupo Royal Caribbean.
Impacto da Ômicron
O setor de viagens passou por interrupções significativas devido à variante Ômicron. Tais interrupções se intensificaram durante a temporada de festas de fim de ano e no início de janeiro, com a disseminação da variante, resultando em cancelamentos de reservas da companhia para viagens de curto prazo.
Com isso, a Royal Caribbean sofreu algumas interrupções de serviço e cancelou várias viagens no primeiro trimestre, embora ainda espere operar cerca de 95% de sua capacidade planejada no primeiro trimestre. E devido ao impacto da Ômicron, as reservas diminuíram em dezembro e permaneceram menores durante o período de férias, mas começaram a aumentar a cada semana seguida desde o início de 2022 e agora estão de volta aos níveis pré-Ômicron.
“Após uma Black Friday de recorde nos EUA, a disseminação da variante Ômicron resultou na redução no volume de reservas e no aumento dos cancelamentos de curto prazo”, disse Holtz. “Semelhante à nossa experiência após a variante Delta, esperamos que as reservas aumentem substancialmente à medida que ultrapassemos o pico de casos. Já estamos vendo os cancelamentos diminuirem e as reservas aumentarem, completou.
