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Cruzeiros

O que faz a MSC decidir quais navios trazer ao Brasil em cada temporada de cruzeiros?

Adrian Ursilli da MSC O que faz a MSC decidir quais navios trazer ao Brasil em cada temporada de cruzeiros?

Adrian Ursilli, diretor geral da MSC no Brasil (Arquivo/M&E)

Seja agente de viagens, operador ou até mesmo um fã de cruzeiros marítimos. Não tem ninguém que não fique na expectativa para saber quais navios as armadoras trarão ao Brasil em cada temporada. E a MSC Cruzeiros conhece de perto esta responsabilidade. Para esta temporada 2023/2024, por exemplo, além de toda a frota de peso, a armadora trouxe o “navio-chefe” MSC Grandiosa, o maior a navegar em águas brasileiras em toda a história.

Mas como a MSC decide isso? Como a armadora equilibra os rendimentos e os gastos para decidir quais navios virão em cada temporada na América do Sul? Qual é o caminho do mercado brasileiro? O MSC Grandiosa não tem tudo para aumentar os ganhos da armadora por aqui? Então por que não trazer só navios novos e gigantes? Estas são perguntas que fizemos ao diretor geral da MSC no Brasil, Adrian Ursilli, numa entrevista realizada antes mesmo da temporada começar.

“Aumentamos os ganhos com navios maiores e mais novos, mas aumentamos os custos também”

“Aumentamos os ganhos com navios maiores e mais novos, mas aumentamos os custos também”, disse Adrian. “É claro que temos um mercado consumidor ávido por cruzeiros, que nos permitem ter uma boa ocupação e alcançar nossas metas de faturamento e receita. Mas, por outro lado, temos altos custos para operar, impeditivos na parte da infraestrutura, insegurança jurídica e alto nível de judicialização, fatores que fazem com que o país perca competividade”, completou o diretor.

“O Brasil e outros grandes mercados (alguns maiores), como por exemplo Dubai, Emirados Árabes Unidos, Europa e Ásia, estão na disputa para receber embarcações mais modernas a cada temporada. “Esse mix de embarcações, portanto, em todos os mercados é algo necessário”

O Brasil e outros grandes mercados (alguns maiores), como por exemplo Dubai, Emirados Árabes Unidos, Europa e Ásia, estão na disputa para receber embarcações mais modernas a cada temporada. “Esse mix de embarcações, portanto, em todos os mercados é algo necessário. Trazemos equipamentos novos, como estrelas de nosso portfólio, como é o caso do MSC Seaview e do MSC Grandiosa, além de outras opções de excelente qualidade, com itinerários diferenciados e propostas mais intimistas, como é o caso das classes Preziosa, Musica, Lírica, criando diferentes tipos de produtos e opções de férias”, destacou Ursilli.

Concorrência com outros grandes mercados

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MSC Grandiosa vem ao Brasil como o maior navio a navegar em águas brasileiras (Divulgação)

Embora o Brasil seja um mercado estratégico, outras regiões também são. Hoje, a MSC está presente em todos os continentes, na América do Norte, Mediterrâneo, Norte da Europa, Ásia-Pacífico, Oriente Médio, África do Sul e América Latina. Então, quando é preparada a estratégia de atuação no Brasil, é preciso equilibrar com a estratégia global. Adrian lembra que não é só o público brasileiro que demanda novos equipamentos. Outros mercados também querem os navios mais novos.

“Os Estados Unidos, por exemplo, ávido por cruzeiros, constantemente demandam novidades e lançamentos. E nossos mercados principais são EUA e Europa, além de termos duas questões que precisam ser avaliadas. É claro que existe um mercado que deseja novos navios, que nos permitem ter uma boa ocupação, alcançar nossas metas de faturamento e receita, mas, por outro lado, existem os altos custos (como já abordado acima)”, destacou ele.

“Não somos maiores apenas em investimentos em mídia, promoção divulgação e estímulo as vendas, mas os maiores em opções de embarque e em qualidade e quantidade de equipamentos para atendermos o Brasil, sem deixar de lado outros grandes mercados internacionais”

Adrian Ursilli destacou um perfil de público muito eclético que pode escolher entre seis portos de embarque no Brasil (Itajaí, Maceió, Rio de Janeiro, Salvador, Santos e o estreante Porto de Paranaguá), para viajar a bordo do MSC Armonia, MSC Grandiosa, MSC Lirica, MSC Musica, MSC Preziosa e MSC Seaview, que formam o grupo de seis navios que serão responsáveis por ofertar mais de 210 mil cabines durante toda a temporada 2023/2024.

“Estamos batendo recordes de ocupação nos nossos navios, de faturamento, mas também de custos. E esbarramos assim nos grandes desafios de operar no Brasil”

“Não somos maiores apenas em investimentos em mídia, promoção divulgação e estímulo as vendas, mas os maiores em opções de embarque e em qualidade e quantidade de equipamentos para atendermos o Brasil, sem deixar de lado outros grandes mercados internacionais. Estamos batendo recordes de ocupação nos nossos navios, de faturamento, mas também de custos. E esbarramos assim nos grandes desafios de operar no Brasil”, destacou Adrian Ursilli.

Custo Brasil e falta de infraestrutura ainda são impeditivos

Adrian Ursilli diretor geral da MSC no Brasil 1 O que faz a MSC decidir quais navios trazer ao Brasil em cada temporada de cruzeiros?

Adrian Ursilli, diretor geral da MSC no Brasil e presidente do Conselho da Clia Brasil

Não só como diretor geral da MSC no Brasil, mas como presidente do Conselho da Clia Brasil, Adrian está em contato constante com autoridades locais, estaduais e federais a fim de sensibilizar os poderes sobre a importância do Turismo. “Temos colocar o setor como prioridade em nosso país, e estamos vendo esforços neste sentido. Temos que tornar o Brasil mais competitivo, reduzir custos e oferecer infraestrutura adequada aos navios para proporcionar mais segurança e conforto aos hóspedes”, frisou.

Mas, ainda assim, a MSC reitera seu compromisso com o Brasil. “Continuamos investindo e acreditando no mercado brasileiro como um dos prioritários para a MSC, trazendo sempre novos navios e investimentos, ampliando nosso escritório em São Paulo, com novos profissionais contratados, e gerando mais receita e emprego para toda a cadeia”, finalizou o diretor geral da MSC no Brasil, Adrian Ursilli, em entrevista ao M&E.

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