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Cruzeiros

“Serão 195 dias de temporada 2023/2024 e grandes expectativas”, diz Marco Ferraz

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Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil (Eric Ribeiro/M&E)

Como vimos aqui no M&E, a temporada de cruzeiros 2023/2024, que começa em outubro e deve ser a maior dos últimos anos, espera ser responsável por injetar até R$ 5 bilhões na economia do país e gerar 48 mil empregos, segundo estimativa do Ministério do Turismo e da Clia Brasil. Para a próxima temporada, serão realizados mais de 200 roteiros, com nove navios, sendo seis da MSC e três da Costa Cruzeiros, com 840 mil leitos e quase sete meses de duração.

Contudo, a mudança de navios operando no País resultará em uma oferta menor de leitos, o que não deve impactar nos números finais da próxima temporada, já que será compensada por mais dias de operação. É o que diz Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil, em entrevista ao M&E. “Com um aumento desta temporada, passando de seis meses de duração, não haverá alterações negativas nos números. Serão 195 dias de temporada e grandes expectativas”, disse ele.

“Serão 195 dias de temporada e grandes expectativas”

Marco relembrou e destacou as novas operações em Itajaí e Maceió, que começaram na última temporada e mostraram um potencial enorme, além de Paranaguá, que fará sua estreia na Temporada 2023/2024, como divulgado pelo M&E em primeira mão. A novidade foi revelada pelo diretor geral da MSC no Brasil, Adrian Ursilli, no começo do ano, a bordo do MSC Seashore, que recebeu cerca de 450 agentes para o 14° TOP MSC 2023.

“Teremos novamente cinco portos importantes e a estreia de mais um novo porto na próxima temporada: o porto de Paranaguá, que receberá 17 escalas

“Teremos novamente cinco portos importantes e a estreia de mais um novo porto na próxima temporada: o porto de Paranaguá, que receberá 17 escalas. Localizado em um estado muito forte, Paranaguá também será um destino para os passageiros. Há opções de passeios em Morretes e Ilha do Mel, por exemplo. Ainda estamos aguardando a negociação de dois outros portos, em Penha e em Vitória”, revelou Marco Ferraz.

O presidente da Clia Brasil, no entanto, “sonha” com mais portos. “Isso está na mão dos destinos que tem que se regularizar e cumprir algumas questões técnicas, só aí veremos se alguma armadora topa fazer uma escala teste. Queríamos muito ter uma em Penha já nesta temporada, que é o destino do Beto Carrero, e em Vitória, que fica no meio do caminho entre o Rio e a Bahia. Seria uma boa opção de parada já que hoje o trajeto é feito de forma corrida e são muitos dias de navegação sem escala”, completa.

Temporada 2022/2023

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Os números superaram a temporada pré-pandemia, quando foram ofertados 530 mil leitos e embarcados 469.577 cruzeiristas em 2019/2020 (Divulgação/Concais)

Muito satisfeitos. É assim que a Clia se posicionou sobre a última temporada de cruzeiros no Brasil, em 2022/23, que foi a maior dos últimos dez anos. A associação irá revelar o estudo com todos os dados condensados em agosto deste ano, durante o Fórum Clia Brasil, mas já adianta que a temporada foi um verdadeiro sucesso. Os números superaram ainda a temporada pré-pandemia, quando foram ofertados 530 mil leitos e embarcados 469.577 cruzeiristas em 2019/2020.

“Tivemos cerca de 650 a 700 mil cruzeiristas, entre brasileiros, argentinos, uruguaios, que realizaram uma viagem de cruzeiros no Brasil nesta última temporada. Na temporada 2021/2022, foram embarcados 141.289 cruzeiristas. Ou seja, tivemos um incremento importante. No geral, foi um diagnóstico ótimo. Batemos o recorde dos últimos dez anos”, afirma Marco.

Boa articulação governamental e maior competitividade

CLIA 3 "Serão 195 dias de temporada 2023/2024 e grandes expectativas", diz Marco Ferraz

Marco lembra que 35 navios passam pelo Brasil, mas é possível ter mais (Arquivo/M&E)

Com a mudança de governo em 2023, a Clia Brasil também aponta que as pautas públicas têm navegado em bons mares. No entanto, segundo Marco, o setor de cruzeiros tem se expandido cada vez mais e o mercado brasileiro tem uma oportunidade e um potencial enorme. Contudo, é necessário ser mais competitivo.

“Estamos sendo super bem recebidos neste governo, tanto pelo Freixo, presidente da Embratur, quanto pela ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e pelo ministro de Portos e Aeroportos do Brasil, Márcio França. Algumas coisas têm avançado nos portos, às questões tarifárias também têm sido pauta, pois precisamos de reajustes para garantir a competitividade do setor no Brasil. Ainda temos problemas trabalhistas, mas estamos conversando no congresso e avançando aos poucos”, diz o presidente da Clia Brasil.

“Algumas coisas têm avançado nos portos, às questões tarifárias também têm sido pauta, pois precisamos de reajustes para garantir a competitividade do setor no Brasil”.

Marco lembra que 35 navios passam pelo Brasil, mas é possível ter mais. “Oitenta navios passam pela América do Sul, há ainda muito a ser explorado. Tem ajustes a serem feitos pois hoje concorremos com outros países que são mais vantajosos. Além disso, 66 novos navios serão entregues até 2028 e destes, 44 são embarcações de armadoras associadas à Clia Internacional. Isso representa 120 mil leitos adicionais até 2028. Só em 2025, as companhias terão que vender 4 milhões de hóspedes a mais e temos que estar preparados para nos oferecermos para estes navios novos”, explica.

E para isso, os agentes de viagens – principal canal de vendas dos produtos, precisam estar atualizados. “O agente é o principal canal do nosso setor. Se puder dar uma dica para estes profissionais é: participem dos treinamentos das companhias, dos famtours, aproveitem as ofertas, se preparem para atender os clientes que vão chegar, entender melhor qual navio, cabine, itinerário, companhia, quais são os documentos necessários para cada cliente e roteiro. Isso é fundamental para registrarmos mais vendas”, finaliza Marco.

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