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Cruzeiros

Setor de cruzeiros avança na criação de protocolos, mas Clia ainda vê futuro indefinido

Porto de Miami

Entidade trabalha no desenvolvimento de protocolos globais

Protocolos unificados. Está é a solução apontada pela Clia para garantir a retomada do setor de cruzeiros após a pandemia de Covid-19. Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (21), o presidente da entidade, Adam Goldstein, destacou que políticas de saúde, higiene e segurança estão sendo desenvolvidas para serem adotadas por todas as companhias associadas.

“Estamos otimistas para que surjam estas novas políticas relacionadas à pandemia, que serão incluídas daqui para frente em nossos protocolos. Esperamos que isso seja global”, destacou Goldstein. “Sabemos (sobre o coronavírus) um milhão de vezes mais do que em março, logo estou confiante de que esse setor poderá fazer os ajustes necessários e trabalhar com os órgãos reguladores da maneira correta para proporcionar uma experiência que une as pessoas”, completou.

O presidente ressaltou o fato de que, além de trabalharem com a Clia para desenvolver medidas unificadas, as armadoras também estão desenvolvendo protocolos próprios, é o caso de  MSC Cruzeiros, da Carnival e da parceria entre Norwegian e Royal Caribbean. “Esses processos estão em andamento e demandam muito tempo e atenção de muitos de nossos membros”, afirmou.

Apesar do otimista em relação ao desenvolvimento de medidas para a retomada da indústria, o presidente global da Clia é cauteloso ao prever os próximos passos. “Será um desafio para a maioria das companhias. Não é apropriado especular agora sobre o que teremos. Ainda temos um caminho a percorrer antes que possamos emergir nessa política unificada”, explicou.

Ainda de acordo com Goldstein, “há muitas ações que precisam ser realizadas entre agora e depois para nos levar ao que precisamos ser e é aí que devemos começar a navegar de uma maneira mais concreta”, analisou.

Confiança

Nos Estados Unidos, principal mercado de cruzeiros do mundo, o setor ainda aguarda a volta. Enquanto o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estendeu a proibição de cruzeiros até 31 de setembro, as companhias integrantes da Clia estenderam a suspensão de suas operações até 15 de setembro.

Apesar deste cenário indefinido nas Américas, na Europa já é possível ver um horizonte de renascimento para o setor. No norte europeu, países começam a liberar cruzeiros fluviais, algo que deve acontecer “de maneira mais sequencial”, como afirmou Goldstein.

“Há muito diálogo na Europa. Estamos otimistas que os países europeus vão iniciar os cruzeiros de maneira ilimitada. Eles começarão de uma maneira sequencial, diferentemente em cada região, enquanto o resto do mundo ainda se torna mais confiante”, salientou. “Como alguns cruzeiros já voltaram, o que vimos foram hóspedes dizendo que apesar de diferente, se divertiram muito. Talvez tenha sido um pouco estranho no primeiro dia, mas depois foi normal e gostaram”, ressaltou.

Brasil

O M&E questionou a Clia sobre o cenário do Brasil, com uma pandemia ainda não controlada e uma temporada de cruzeiros prevista para o fim do ano. Kelly Craighead, CEO da Clia destacou o trabalho da Clia Brasil em conjunto a autoridades para garantir a segurança dos cruzeiristas.

“Estamos muito felizes e orgulhosos com o trabalho que a Clia Brasil está fazendo. É um trabalho inteligente, com autoridades locais, para demonstrar comprometimento com a indústria, colocando saúde pública como prioridade. O trabalho no Brasil está de acordo com a discussão em todo mundo”, afirmou.

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