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Hotelaria / Turismo em Dados

Fórum de Hotelaria do Fohb: 21 capitais já estão acima dos 51% de ocupação

Sob o tema “O ano em que nada aconteceu e tudo mudou”, o III Fórum Nacional de Hotelaria do Fohb – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, realizado nesta quinta-feira (18), no Transamerica Expo Center, em São Paulo, trouxe um escopo das transformações mercadológicas, tendências tecnológicas, impactos e projeções para 2022.

Orlando de Souza, presidente do FOHB

Orlando de Souza, presidente do FOHB

“Juntos conseguimos ressuscitar após esse período tão inédito para o mercado. Agradeço especialmente a equipe do Fohb que não mediu esforços e colaborou para que continuássemos tocando os trabalhos com toda a dedicação e empenho, possibilitando a realização desse encontro”, declarou Orlando de Souza, presidente do Fohb, logo na abertura.

Retomada da ocupação

 

A programação contou com a participação de Pedro Cypriano, da HotelInvest, trazendo dados da pesquisa Panorama Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, Orçamentos 2022 e ‘E depois?’. Os dados apontam que a ocupação hoteleira está em torno de 58% em comparação com o período pré-pandemia. Há um destaque para os melhores resultados no interior e baixos números na capital, além disso, o faturamento de outubro ficou na casa dos 56%.

A ocupação de setembro foi dividida entre capitais e principais cidades do interior e demonstrou que dos 26 mercados, 21 já estão com performance acima dos 51% de ocupação. Até setembro de 2021, 22% da demanda foi normalizada. O mercado de lazer cresceu, mesmo em  ambiente de inflação. Vamos lembrar que em 2015, 2016, caímos e tivemos retração de demanda em torno de 20% e ainda assim, o mercado de lazer dava saltos”, declara Pedro.

Cypriano elenca que combinado com a vacinação contra a Covid-19, a alta do dólar pode ser o fator colaborador para a movimentação do mercado turístico interno, já que há um alto volume de pessoas que, por limitações financeiras, não conseguirá viajar. “É provável que tenhamos em 2022 o melhor ano para o lazer, sob a ótica macro. A população do estado de São Paulo está praticamente toda imunizada, o que gera uma demanda maior de viagens nesse período”, endossa.

O efeito da China

Durante sua palestra, André Sacconato, da Gouvea Analytics e Consultor da Fecomércio São Paulo, trouxe a China como objeto de exemplificação para mudança. “A China na OMC muda o padrão do mundo, o país avançou nas possibilidades de produção, gerando um mundo no qual o ocidente aproveitou, comprando produto e vendendo capital. Nos últimos vinte anos, todos se deram bem com esse processo”, pontua.

Apesar da perspectiva de barateamento de produtos exportados pelo país, culminando na penetração mercadológica de vários territórios, o oriente tem, atualmente, se mostrado relutante à recepção de produtos e à relação com os chineses. Tal fato gera, por exemplo, uma escassez na disponibilidade de semicondutores. “Visitei uma empresa de automóveis e eles estão tirando funcionalidades do carro, por ter que usar semicondutore, já que eles não querem importar e depender da China”, relata.

A rusga é explicada pela visão de Wang Huning, estrategista econômico chinês, que “ao estudar nos Estados Unidos, passou a culpar a elite, grandes corporações tecnológicas, desemprego, criminalidade e corrupção pela degradação do país, abandonando a ideologia do liberalismo”, afirma .

André aproveitou seu momento de fala para alertar o perigo da queda de popularidade para o mercado, bem como a alta de juros e inflação, gerando instabilidade e baixa confiança do consumidor e do investidor. “Temos um cenário econômico muito complicado, nossa inflação está quase a 11%, nos últimos 12 meses. O mercado gosta de estabilidade e o mercado somos nós, produtores e consumidores”, declara Sacconato.

Para encerrar o evento, Flávio Rocha, do Grupo Guararapes, trouxe cases do varejo e as transformações sofridas por conta dos avanços da tecnologia. O executivo foi enfático ao destacar a importância de estar atento às novas ferramentas, produtos e serviços tecnológicos, principalmente hoje em dia e que há uma crescente de lançamento voltados para a automação, simplificação e inteligência de dados.

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