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Política / Serviços

CNC: setor de Serviços deve fechar o ano com o maior crescimento desde 2014

Fábio Bentes, da CNC

Fábio Bentes, economista da CNC

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a previsão de crescimento do setor de serviços para 2019. O índice esperado para o acumulado do ano, que era de +0,8%, passou para +1% na comparação com 2018. A revisão é decorrente do resultado de setembro, no qual a receita do cresceu 1,2% na comparação com agosto. O dado é da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

O desempenho registrado foi o melhor do setor para um mês de setembro nos últimos cinco anos. O novo índice de crescimento previsto pela CNC representaria o primeiro avanço anual do setor desde 2014 (+2,5%). Para 2020, a CNC prevê um ritmo mais forte na expansão do faturamento real do setor (+1,7%).

A Confederação continua apostando em um segundo semestre mais favorável para o setor, projetando crescimento de 1,8% na receita real dos serviços para o último trimestre de 2019, em relação ao mesmo período do ano passado. Para a CNC, após a aprovação da reforma da Previdência, a agenda econômica tem se concentrado em medidas de estímulo ao consumo e aos investimentos. “Considerando, neste cenário, o nível corrente da inflação historicamente baixa e significativamente abaixo do centro da meta, abriu-se espaço para cortes adicionais na taxa de juros, o que tem permitido alguma aceleração do setor nesta segunda metade do ano”, afirma o economista Fabio Bentes.

Na comparação com setembro de 2018, houve alta de 1,4%, destacando-se a variação no volume de receita dos serviços profissionais, administrativos e complementares (+2,9%) – maior crescimento nesta base comparativa desde abril de 2013 (+3,7%). Por outro lado, o volume de receita proveniente da prestação de serviços às famílias recuou 0,3%, apresentando a primeira retração nessa base comparativa desde julho de 2018 (-0,1%). Apesar disso, no acumulado do ano, o setor de serviços caminha para o seu primeiro crescimento anual (+0,6% entre janeiro e setembro), puxado principalmente pelo avanço do setor no estado de São Paulo (+3,2%). Dezoito das 27 unidades da Federação ainda registram perdas nos nove primeiros meses de 2019, com destaques para Rio de Janeiro (-3,1%), Paraná (-2,3%) e Rio Grande do Sul (-2,0%).

Subsetores

Na comparação mensal, entre setembro e agosto de 2019, quatro dos cinco subsetores apresentaram evoluções positivas, destacando-se as taxas dos serviços profissionais administrativos e complementares (+1,8%) e os serviços de transportes (+1,6%). No transporte aéreo, o avanço de 16,3% foi influenciado pelo comportamento dos preços. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço das passagens aéreas registrou variação de 1,54% em setembro, após ter recuado 15,66% no mês anterior. A inflação de +0,04% dos serviços em setembro foi a menor para o mesmo mês desde 2007 (-0,04%).

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