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Incertezas políticas e econômicas fazem negócios encolherem no 1S15

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Mudança de ministro, redução de frequências aéreas e falências são fatores que marcam os primeiros seis meses no ano no turismo brasileiro

A crise econômica se agravou e o dólar é apenas o reflexo dessa incerteza. Assim começou o ano. Com este cenário, o MERCADO & EVENTOS resume o primeiro semestre de 2015 do Turismo no Brasil. Onde economistas reviam suas projeções para um PIB mais negativo e empresas de turismo testemunharam o cenário piorar.

Em abril, a presidente Dilma Rousseff nomeou o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para o comando do Ministério do Turismo. A nomeação foi divulgada por meio de nota oficial. Alves, 66 anos, assumiu no lugar de Vinicius Lages, que havia sido indicado para o cargo pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Logo após, em junho o catarinense Vinicius Lummertz, que ocupava o cargo de secretário Nacional de Políticas do Turismo, toma posse como novo presidente da Embratur. Ele substituiu o turismólogo Vicente Neto, que ocupou a presidência desde março de 2014.

Nesse meio tempo, de acordo com pesquisa realizada pelo Ipeturis (Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitação em Turismo) para o Sindetur-SP (Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de São Paulo) com o objetivo de avaliar as expectativas do setor durante a Temporada de Inverno, a crise estava afetando as vendas de 82,1% das empresas do agenciamento turístico do Brasil em 2015.

Entre as empresas que indicaram influência negativa na movimentação, a queda superior a 20% foi apontada tanto nas vendas para pessoas físicas (71,6% das empresas consultadas), quanto nas vendas para público corporativo privado (45,1% das empresas). Por sua vez, o setor público apontou menor redução nas vendas, com 59,4% das empresas consultadas indicando uma queda de até 10%.

Segundo Ilya Michael Hirsch, presidente em exercício do Sindetur-SP, “as vendas do setor de agenciamento turístico para pessoas físicas foram as mais afetadas negativamente pelos efeitos da crise econômica brasileira com variação média de -39,8%”, enquanto que para o segmento corporativo privado a queda de vendas teve variação média de -25,7%”.

Se a alta do dólar reduziu os passeios de turistas brasileiros no exterior, ela afetou ainda mais as viagens feitas por empresas, entidades e representantes do governo. Dados do Banco Central (BC) mostram que, de janeiro a agosto, os gastos de brasileiros com viagens corporativas no exterior caíram 32,24%, para 2,68 bilhões de dólares. O encolhimento é até maior que o dos gastos gerais dos brasileiros em solo estrangeiro, que diminuíram 25,1% no meso período, para 12,87 bilhões de dólares.

A queda é percebida nas viagens ao exterior, mas também nas feitas dentro do país. Para contrabalançar os efeitos da crise – mas, ao mesmo tempo, não perder oportunidades de negócios -, muitas empresas agora põem seus executivos menos graduados para percorrer trechos de menor distância de ônibus. Avião, só para a chefia mais graúda.

Levantamento da Abracorp mostra que o faturamento das 30 maiores agências do segmento com a venda de pacotes nacionais caiu 3,6% no primeiro semestre, enquanto o número de diárias contratadas teve baixa de 2,7%. No mercado de trabalho, o efeito imediato é o enxugamento de vagas. Apenas em São Paulo, o setor de viagens e eventos, tanto para lazer como para negócios, fechou 4.419 vagas formais no acumulado de janeiro a agosto, queda de 1,8% em relação ao ano passado, segundo levantamento da Fecomercio.

O setor de viagens corporativas também não vive apenas dos investimentos feitos por empresas. Ana Cláudia Bittencourt, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), estima que o valor dos grandes contratos com autarquias, órgãos públicos e outras entidades, como o Sesc, Senai e Sebrae, já caiu 50% no acumulado do ano. “A crise vai se perpetuar por até dois anos. Por causa disso, estamos reavaliando custos e estratégias para conseguir superar este período”, afirmou. Para contrabalançar a queda das viagens dos brasileiros ao exterior, a entidade tem participado de eventos internacionais para atrair investidores de fora.

Aéreas reduzirem voos para os EUA – Prejudicadas pela desaceleração econômica no Brasil, as companhias aéreas estão reduzindo a oferta de voos no país como forma de compensar a forte redução na demanda decorrente da crise. Entre os destinos internacionais, as operações para os Estados Unidos têm sido o principal alvo dos cortes. A avaliação das empresas é que a procura por esses voos foi especialmente afetada, dada a alta de mais de 44,7% no dólar em 2015.

A queda na procura também atingiu companhias dos EUA: American Airlines e Delta anunciaram cancelamento de rotas no Brasil, de Campinas para Miami e Nova York e de Brasília para Atlanta, respectivamente.

Hotelaria também sofre – De acordo com a quinta edição do informativo hoteleiro da MSH Gestão Hoteleira, braço da M.Stortti especializado no mercado hoteleiro, 2015 tem representado um período difícil da economia brasileira, onde os indicadores de atividade econômica apresentam resultados negativos e sem perspectiva de recuperação no curto prazo. O boletim mostra que o abatimento da economia, agravado pelo ajuste fiscal além da desvalorização do câmbio, impactaram tanto no volume de investimentos quanto no consumo. Desse modo, o turismo e hotelaria, assim como diversos segmentos vem sentindo seus efeitos.
 
O FOHB afirma que, de janeiro a maio de 2015 os efeitos da estagnação da economia se refletiram em quedas na taxa de ocupação, representando -9,2% e na diária média -0,2% em relação a igual período no ano de 2014. No acumulado de janeiro a maio de 2015, as quedas registradas foram de -5,9% na taxa de ocupação (taxa obtida da divisão do número total de apartamentos ocupados pelo número de apartamentos disponíveis no ano) e elevação de 1,6% na diária média.

O que foi destaque no 1º semestre nas edições do M&E

M&E 263
CVC ofi cializa aquisição da Rextur Advance
Claiton Armelin, ex-presidente da Flytour Viagens, volta à CVC como diretor de Produtos Nacionais
Latam lança dois voos diretos para Cancun

M&E 264
MTur lança novo Plano de Marketing
Tap comemora crescimento de 6,6% em 2014
 Setur-RJ anuncia novo modelo de gestão

M&E 265
MTur propõe criação do Passaporte Olímpico
Atlantica Hotels fecha 2014 com volume de negócios de R$ 778 milhões, um crescimento de 14,5%.
Gol inicia operação semanal para Tobago

M&E 266

Abracorp registra crescimento de 14,5% em relação a 2013 e faturamento de mais de R$ 14,9 bilhões
NCL adquire Firstar e abre escritório no país
Consolidadores se unem e criam a AirTkt

M&E 267
Royal Caribbean anuncia novo navio no Brasil
Emirates aparece como aérea mais valiosa do mundo
Orinter Tour & Travel revela estrutura e inicia operações atraída pelas oportunidades do mercado

M&E 268
Tap comemora 70 anos
Brand USA anuncia próximos planos e ações no Brasil
Accor atinge R$ 2,2 bilhões de receita no Brasil

M&E 269
Encontro Comercial Braztoa agita o Rio de Janeiro
Visual completa 29 anos com ações voltadas ao agente
Nova diretoria assume o Fornatur e anuncia medidas

M&E 270
Aviesp registra público superior a 5 mil pessoas
Patrick Mendes substitui Roland Bonadona na Accor
Encontro Ancoradouro: Otimismo era a palavra-chave para enfrentar ano difícil

M&E 271
GL Events e Accor inauguram Grand Mercure
Riocentro
Frente Parlamentar da Hotelaria é lançada no Congresso Nacional
Boeing prevê 2.950 aeronaves para América Latina nos próximos 20 anos

M&E 272
Trend: novo portal já está no ar
Michel Tuma Ness lança livro
Aerolíneas tem novo diretor para o Brasil

M&E 273
Braztoa reformula estrutura e apresenta nova gestão
Crise afeta Nascimento Turismo
Luciana Fernandes deixa Marketing do MTur

M&E 274
IPW 2015 bate recordes e se torna maior edição já realizada
Mostra Viajar: público chega a 11 mil
Othon apresenta novo conceito temático

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