EDITORIAL – O Turismo está fechado com a Gol

A Gol optou pelo melhor caminho para se reestruturar financeiramente. Os resquícios da pandemia, a dolarização dos custos e o atraso na entrega de aeronaves formaram um tripé insustentável para a companhia operar saudavelmente no Brasil. Com dívidas que chegam a R$ 20 bilhões, a melhor solução era mesmo entrar com um pedido de reestruturação comercial na Justiça dos Estados Unidos, chamado de Chapter 11 e que ficou tão conhecido recentemente justamente pelo processo bem-sucedido de companhias como Latam e Avianca.

De acordo com o CEO da Gol, Celso Ferrer, o processo de Chapter 11, já aprovado pela Justiça dos Estados Unidos, desta vez deve durar substancialmente menos em relação aos processos das concorrentes. Estamos com ele. Também acreditamos que a reestruturação será muito bem-sucedida e num menor período de tempo. E o que nos faz acreditar nessa possibilidade não é apenas o bom relacionamento que a companhia tem com seus arrendadores, mas o excelente momento da aviação comercial no Brasil. Apesar dos preços nas alturas, as aeronaves seguem lotadas e os resultados operacionais saudáveis!

É a hora de reorganizar a casa para voltar ainda mais forte. Estamos aqui, todos nós do trade turístico brasileiro, torcendo pela Gol. É a cara do Brasil e tem o seu lema de ser a primeira para todos. E todos que estão com medo da Gol encerrar as atividades, podem ficar tranquilos porque ela vai sair dessa! Uma companhia consolidada como a Gol, com mais de 20 anos de história, faria muita falta para o Brasil. Posso garantir que nem mesmo as concorrentes se sentiriam confortáveis com um player a menos no mercado, até porque elas se complementam, se ajudam nos bastidores e lutam juntas pelo setor. Cada uma do seu jeito, com o seu modelo de negócios.

O trade está fechado com a Gol e com tudo que ela representa para o desenvolvimento do Turismo brasileiro!

Roy Taylor é presidente e CEO do MERCADO & EVENTOS.