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Boeing até cogitou a possibilidade de criar um B737 MAX 10, mas a opção por uma nova família muda o rumo das coisas
Não é de hoje que a fabricante norte-americana Boeing “quebra a cabeça” para desenvolver uma nova família de aeronaves. E parece que a ideia de criar uma aeronave de médio porte começa a ganhar forma, isto cerca de dois anos após a fabricante iniciar estudos de mercado para este nicho. Nesta semana, surgiu a informação que mostra quais mercados a Boeing quer atingir com este mais novo projeto, que tem como meta a entrada da primeira aeronave em serviço até 2025.
Para o VP de Desenvolvimento da Boeing Commercial Airplanes, Mike Delaney, “as aeronaves de médio porte começam a ‘frequentar’ uma área onde os 767-200/300 voam atualmente, diferente, por exemplo, de onde os 757 estavam acostumados a atuar”, disse ele, que já confirmou alguns desejos da Boeing em relação ás possíveis especificações da aeronave “Será maior que o 757, mas a quantidade de assentos deve estar entre 200 e 260, 270 no máximo. Logo, será um pouco maior do que os atuais single-aisle, mas não tão grande quanto uma aeronave da família 767, por exemplo”, completou.
A própria fabricante, durante o Paris Air Show no ano passado, tinha confirmado a possibilidade de criar uma aeronave conhecida como “middle of the market”, com até 280 assentos e capacidade que chegaria a 8,000km, com a possibilidade, portanto, de realizar viagens transatlânticas. E são estes dois requisitos que encabeçam a nova estratégia da fabricante em âmbito comercial, ao lado, também, de uma sexta geração de asas, mais sistemas elétricos e avançados, e um sistema conhecido como high-bypass-ratio-engines, que proporciona uma maior eficiência energética à aeronave.
Gráfico mostra onde a Boeing quer atuar com a nova família de aeronaves
O presidente da Boeing Commercial Airplanes, Ray Conner, já sabia que o portfólio de sua empresa, desde 2012, lidava com uma lacuna entre as famílias 737 e 777X/787 de aeronaves comerciais. Com isso, duas opções surgiram em sua mesa para esta deficiência ser resolvida. A primeira solução, que deve ser descartada, é um projeto menos ambicioso e que traria ao mercado uma nova variante da família 737, maior, mais potente, eficiente e moderna. A segunda opção (bem mais cara) seria a criação de uma nova família de aeronaves na categoria “midsize”, que se encaixaria perfeitamente nesta lacuna.
Em meio a isto tudo, uma coisa é certa: o relógio já está correndo! A Boeing planeja uma potencial entrada em serviço da nova família entre os anos de 2024 e 2025, com cerca de cinco anos de desenvolvimento e estudos para bater esta meta.
