Lufthansa decide criar taxa para reservas feitas em OTAs; entenda

Enquanto a concorrência dividia as agências de viagem físicas das OTAs, o barulho ainda não era tão alto. Agora, quem está entrando na jogada (para não perder) são as companhias aéreas. Durante todos este anos, as aéreas já tentaram de tudo (sem sucesso) para forçar os consumidores a reservar voos diretamente com elas, através de seus respectivos sites na internet, e fugir das taxas agregadas encontradas em lojas e sites como o Expedia, Priceline e Kayak.

Primeiro, as companhias tentaram oferecer vantagens e bônus nos programas de milhagem, depois ofereceram códigos promocionais com descontos de até US$ 200 e, por fim, decidiram não autorizar a comercialização de suas passagens em sites de agências de turismo online, como aconteceu com a Delta e a remoção de seus serviços de portais como o TripAdvisor, por exemplo.

Agora, o método mais cruel será implementado, pelo menos, pelo Grupo Lufthansa, composto pela Lufthansa, Austrian, Brussell e Swiss, a partir do dia 1 de setembro. Todos os pacotes turísticos comercializados fora das lojas Lufthansa, que incluem serviços de qualquer aérea do grupo, terá um acréscimo de US$ 18 dólares no ato do fechamento do contrato.

Até então, a única maneira de evitar a criação de pacotes com determinados serviços aéreos era a não comercialização de passagens em sites de agências de turismo. Mas essa nova taxa deve desmotivar muitos turistas que reservam seus pacotes sem hesitar. Isso significa que quando o consumidor descobrir que estará pagando US$ 18 de taxa para cada passagem fechada no Expedia ou Priceline, por exemplo, ele poderá pesquisar nesses sites mas fechar a viagem diretamente com a companhia aérea.

É claro que muitos consumidores já seguem esses passos antes de reservar um pacote de viagem, mas esse novo estímulo introduzido pela Lufthansa pode mudar as tendências do mercado. Caso essa nova “moda” seja copiada pela indústria aérea, a receita desses sites de agências online vai despencar e o mundo vai presenciar uma constante mudança no preço das tarifas.

Delta já avisou que não seguirá os planos do Grupo Lufthansa

A Delta Air Lines anunciou nesta sexta-feira (05) que não taxará os consumidores que resolvam viajar pela companhia ao fechar pacotes em agências de viagens, fora dos seus canais de venda, como Call Center e site.

Questionado sobre a decisão da Lufthansa, o presidente da Delta, Edward Bastian, afirmou que “a distribuição de custos nas aéreas na Europa é geralmente mais elevada do que nos Estados Unidos, o que implica a Delta não estar nos mesmo parâmetros da Lufthansa.”, disse Ed, que também confirmou o bom relacionamento da aérea norte-americana com parcerias globais, como Amadeus, Sabre e Travelport.