Para Marco Ferraz, operadoras tiveram ano difícil e de aprendizado

O ano de 2014 começou com muitas expectativas por conta da Copa do Mundo. No entanto, o otimismo se transformou em preocupação com preços em alta e vendas em baixa durante o primeiro semestre. Mesmo com uma retomada na segunda metade do ano, a expectativa para as operadoras é de que o ano termine equilibrado, sem um crescimento significativo, mas também sem prejuízos. Esta é a avaliação do presidente da Braztoa, Marco Ferraz.

“Foi um ano difícil e de aprendizado”, definiu o dirigente em entrevista ao M&E. “Nessas situações conseguimos levar bons exemplos e levá-los para o futuro”, complementou Ferraz, lembrando que fatores como o câmbio e o Carnaval em março também influenciaram nos resultados de 2014, quando o mercado assistiu também o desaparecimento de empresas de renome no mercado, como Marsans, Luxtravel e Calcos, além de outras menores.

Em 2013 as operadoras Braztoa tiveram um faturamento de R$ 11 bilhões, com o embarque de 5,9 milhões de passageiros, marcas que Ferraz espera atingir também neste ano. “Temos casos como o da CVC e outras que seguiram crescendo. Isso vai ajudar a balancear para que a gente consiga terminar o ano com um equilíbrio”, explicou.

Entre as lições que as operadoras levarão de 2014, Ferraz citou o excesso de otimismo com a Copa do Mundo e as eleições, que mexeram com o câmbio. Embora sejam fatores imponderáveis, ele acredita que ficar de olho e antecipar os movimentos pode ser saudável para o mercado.

2015 – Pelo menos dez feriados prolongados e um novo governo da presidente Dilma Rousseff. Este é o cenário para o próximo ano e, na opinião de Marco Ferraz, deve ser melhor do que 2014. “Será um ano desafiador, mas se o governo controlar a inflação, o país voltar a crescer e o câmbio ficar estável será um bom ano”, acredita.

Anderson Masetto, de Londres