A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) pede que países da Ásia-Pacífico flexibilizem novas medidas de fronteira para acelerar a recuperação da região pós-pandemia. Ainda com todas as restrições impostas, a demanda de passageiros internacionais da região para março atingiu 17% dos níveis pré-Covid, depois de ter ficado abaixo de 10% nos últimos dois anos.
“Assim que medidas forem relaxadas, háverá uma reação imediata de viajantes. Por isso, é fundamental que todas as partes interessadas, incluindo os governos, estejam preparados para a retomada. Não dá mais para esperar. Empregos estão em jogo e as pessoas querem viajar“, disse Willie Walsh, diretor-geral da Iata, que comentou sobre os números. “É muito abaixo da tendência global, onde os mercados já recuperaram 60% dos níveis pré-crise”, completou.
De acordo com Walsh, o atraso é devido a restrições do governo. “Quanto mais cedo forem flexibilizadas, mais cedo veremos uma recuperação no setor de viagem e turismo da região, e todos os benefícios econômicos que trará”, disse ele, que pediu aos governos da Ásia-Pacífico para flexibilizar medidas, acabando com todas as restrições para viajantes vacinados e com testes e quarentena para não vacinados onde há altos níveis de imunidade da população.
CHINA E JAPÃO – Walsh observou que existem duas grandes lacunas no ritmo de recuperação da Ásia-Pacífico: China e Japão. “Enquanto o governo chinês continua a manter a sua abordagem Covid-19 zero, é difícil ver as fronteiras do país se reabrindo. Isto irá frear a recuperação total da região”, disse Walsh. “No Japão, não há nenhum plano claro para a reabertura do Japão. É preciso ser feito mais, começando com o fim da quarentena para todos os viajantes vacinados, e remoção dos testes”.