Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Encontro de Lideres

Encontro de Líderes: painel mostra como o investidor estrangeiro vê o Brasil

Daniel Steremberg, da Carlyle, Guilherme Paulus, fundador da CVC e da GJP, e Alexandre Sollero, da BHG

Daniel Steremberg, da Carlyle, Guilherme Paulus, fundador da CVC e da GJP, e Alexandre Sollero, da BHG

O que leva um investidor a apostar no Brasil? O que afasta esta possibilidade? Essas perguntas foram respondidas no painel “Mercado Brasil: a visão do investidor”, que abriu a segunda parte do 2º Encontro de Líderes. O debate mediado por Guilherme Paulus, contou com a participação do Daniel Sterenberg, diretor Administrativo do grupo Carlyle, e de Alexandre Solleiro, CEO da BHG.

O painel abriu com o próprio Guilherme Paulus, que contou detalhes sobre o processo de venda da CVC ao grupo Carlyle e a criação de um processo de governança, que culminou no IPO da companhia, que hoje é o maior grupo de Turismo do Brasil. “A visão do fundo de investimento é muito diferente da dos empresários. O empresário pensa no negócio e eles mostram um mundo que se abre. Quem imaginaria que a CVC seria uma empresa que vale R$ 8 bilhões. Isso foi fruto de todo um trabalho que foi feito com esta mentalidade do investidor”, destacou.

Daniel Sterenberg que participou ativamente tanto da aquisição da CVC quanto da criação de modelos de governança corporativa dentro da então apenas operadora, destacou o momento do Brasil, com a criação de um ambiente de negócios que começa atrair o interesse.

“O Brasil teve historicamente uma política de crédito subsidiado, o que estourava em uma taxa de juros alta. O governo agora está passando a bola para iniciativa privada e isso gera resultados que mudam radicalmente a economia. Ainda não estamos vendo estes benefícios econômicos, mas as expectativas de curto e médio prazo são de que os investimentos voltem”, ressaltou.

O executivo ponderou, analisando que apesar do cenário otimista, as baixas previsões ainda geram cautela. “O que está faltando para haver investimento no Brasil é o crescimento econômico. Essa baixa previsão de crescimento tem deixado os investidores ainda receosos. Quando os resultados aparecerem o impacto vai ser imediato. Outro ponto é a insegurança jurídica, que vem melhorando, com medidas como a MP da liberdade econômica e uma série de outras medidas”, completou.

Alexandre Sollero, da BHG, durante sua apresentação

Alexandre Sollero, da BHG, durante sua apresentação

HOTELARIA

Já Alexandre Solleiro abordou a temática de investimentos do ponto de vista hoteleiro. O CEO da BHG iniciou explicando a mudança no modelo de negócio da empresa. “Hoje somos só investidores e proprietários. Fizemos isso por uma razão simples: hoje a operação dos hotéis está ligada a capacidade de distribuição e escala. E entendemos que nunca teríamos esta capacidade para ter uma rentabilidade Então concentramos todos os nossos recursos nos ativos para crescer a partir daí. Hoje escolhemos os ativos que têm a capacidade de ter uma valorização encontrar as operadoras e negociar bons contratos e retrofitar os hotéis para colocar no nível da marca que escolhemos”, explicou.

O modelo escolhido pela empresa visa atender a demanda de grandes redes estrangeiras, que ainda tem pouca participação no Brasil. “Acredito que o Brasil tenha a ganhar com a vinda maciça das operadoras internacionais. Um dos motivos pelo qual o Brasil não cresceu em número de turistas internacionais é pela pouca presença de hoteleiras internacionais. O investimento em real estate brasileiro não estaá maduro o suficiente para que as hoteleiras internacionais entrem no mercado brasileiro com a rapidez em que entram nos outros mercados’, salientou.

A cobertura do M&E no Encontro de Líderes tem o apoio de Shift Mobilidade Corporativabarra de logos nova-01 (1)

Receba nossas newsletters