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Política

Brasil pode voltar a ficar sem representação no exterior; entenda

Companhia promoverá interação entre russos e latino-americanos

Rússia está entre os 10 países emissores de turistas mais importantes do mundo e também ganhou um EBT neste ano

O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) promove o Brasil no exterior por meio de seus Escritórios Brasileiros de Turismo (EBT). No entanto, tudo pode mudar a partir de outubro, quando vence o contrato vigente dos EBTs. Com isso, os escritórios não poderão mais atuar nestes mercados e o Brasil voltaria ficar sem representação turística no exterior, como já aconteceu entre os anos de 2011 e 2013.

Na época, os EBTs foram desativados após os contratos vencerem. E o mesmo motivo se repete em agora 2018. Até onde se sabe não há um edital de licitação para nova contratação. Uma das alternativas seria a prorrogação desses contratos com os EBTs em caráter de urgência. Porém, sem o edital, nem mesmo a prorrogação é possível.

Em comunicado enviado ao M&E, a Embratur informa que “a representação internacional do destino Brasil é estratégica para a atuação no incremento no número de turistas estrangeiros no país, em prol da geração de emprego e renda”. Dito isso, dá para se ter uma idéia da importância desses escritórios para a promoção do Brasil no exterior. Sem eles, a Embratur não seria capaz de desenvolver esse trabalho fora do país.

Procurada por nossa reportagem, a Embratur afirmou ainda que está investindo num estudo em conjunto com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) para saber quais seriam as melhores práticas internacionais de representação e promoção de destinos turísticos. “Os estudos relativos ao novo modelo estão em fase de conclusão e a avaliação técnica das melhores alternativas para eventual período de transição entre o modelo atual e a nova forma de representação está em curso na Embratur”.

O estudo já foi entregue há alguns meses e o objetivo é que a partir dos resultados se possa modernizar a forma de representação da Embratur no exterior, como evolução do modelo vigente. Mas até esse novo modelo ser criado, como fica a promoção do Brasil no exterior? Em menos de dois meses os EBTs não poderão mais atuar e o país ficará mais uma vez sem presença nos mercados considerados prioritários para o turismo brasileiro.

O trabalho hoje desenvolvido no exterior já é muito aquém do potencial turístico brasileiro. Sem os EBTs a tendência é piorar. A ausência de um programa contínuo dificulta o trabalho de promoção e o país não conseguirá atingir a meta de sair dos 6,5 milhões de turistas estrangeiros para os 12 milhões até 2022.

ATUAÇÃO DOS EBTs

Atualmente, as unidades avançadas de promoção, marketing e divulgação de produtos e destinos turísticos brasileiros, e relacionamento com empresas de turismo atuam em 13 países, definidos como mercados de interesse no Plano Aquarela e que fazem trabalho em 20 mercados. A Rússia, por exemplo, que sediou a Copa, está entre os 10 países emissores de turistas mais importantes do mundo e também ganhou um EBT neste ano.

Além da Rússia, Argentina, Chile, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, EUA, México, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Portugal são os mercados chave da Embratur.

Ao trabalhar em estreita colaboração com os agentes do turismo, os EBTs apoiam a posição do Brasil como destino turístico global crescente. Por meio de reuniões, ações de cooperação e de mapeamento de dados, juntamente com a equipe do Instituto em Brasília, desenvolvem estratégias e inteligência comercial, garantindo a excelência na promoção do turismo brasileiro.

 

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