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CONOTEL: Painel discute influência da hotelaria nas decisões governamentais

Alexandre Sampaio, da FBHA, entre Alexandre Gehien, presidente do FOHB, e Alberto Cestrone, presidente da ABR

Alexandre Sampaio, da FBHA, entre Alexandre Gehien, presidente do FOHB, e Alberto Cestrone, presidente da ABR

São poucos os parlamentares que levantam a bandeira do Turismo no Brasil. Ao mesmo tempo, historicamente, o Ministério do Turismo nunca foi um dos mais influentes politicamente. Em paralelo, temos dados mundiais apontando que um em cada cinco empregos é gerado pelo setor. Esta problemática foi o tema de um dos painéis do Conotel 2018. Mediado por Alexandre Sampaio, presidente da FBHA, e com as presenças do presidente da ABR, Alberto Cestrone, e do presidente do Fohb, Alexandre Gehlen, o tema foi “Como tornar a indústria de hotéis do país influente no cenário de decisões”.

Um dos principais problemas, segundo Cestrone, é a falta de tempo. Os empresários precisam se dedicar aos seus negócios, ainda mais em tempos de retração da economia. Mesmo assim, ele conclamou os demais hoteleiros a se envolver mais com as questões que afetam o setor. “Temos que entender que para que as mudanças aconteçam o primeiro passo deve ser nosso”, afirmou.

Sobre as eleições, Cestrone ressaltou que o melhor candidato será aquele que der garantia que trabalhará por todos e que tenha forças para fazer mudanças. Já Gehlen, acredita que o principal desafio é fazer com que as regulamentações sejam feitas de maneiras menos traumáticas.

Para esclarecer o tema regulamentações, Cestrone citou a obrigatoriedade dos hotéis em ter 10% dos quartos adaptados a pessoas com necessidades especiais. Após uma união da entidades e muito trabalho, foi possível conseguir a obrigatoriedade de 5% e outros 5% com adaptações mais amenas. A exigência inicial, segundo ele, não corresponde a realidade e iria onerar demais os hotéis. “A ocupação hoje para estes apartamentos é pequena, de apenas 0,12%. Nem a legislação nos Estados Unidos é tão rígida”, disse.

Sampaio também questionou os participantes sobre a nova onda de investimentos para o mercado brasileiro. O presidente do Fohb acredita que isso deve ocorrer por meio dos fundos de investimentos imobiliários, seguindo uma tendência mundial. “Temos que buscar segurança jurídica para esses investimentos. Acredito que isso precisa ser trabalhado em conjunto com o governo. Só assim poderemos pensar em novos equipamentos”, afirmou.
Cestrone, no entanto, destacou que o modo de fazer hotelaria deve mudar. Ele acredita que o custo Brasil inibe muitos investidores e citou a questão trabalhista, desonerações fiscal e tributária e incentivos. “Só assim os investimentos virão”, finalizou.

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