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Crescimento de turistas no Brasil está atrelado a novo comando, diz Alexandre Sampaio

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Alexandre Sampaio, presidente da FBHA comentou números otimistas de turistas estrangeiros no Brasil nestes primeiros seis meses (Marcelo Freire)

Nesta segunda-feira (24), o Ministério do Turismo, junto com a Embratur e Polícia Federal, divulgou um estudo que revela que mais de 3,2 milhões de turistas internacionais visitaram o Brasil no primeiro semestre deste ano. O número representa 92% do total de turistas internacionais que o país recebeu durante todo o ano de 2022, quando 3,6 milhões de estrangeiros entraram no Brasil.

Os dados foram recebidos com otimismo pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), especialmente por se tratar de um período pós pandemia. Para a entidade, significa que o Brasil tem sido bem promovido para os demais países.

“Os números são muito impactantes e muito esperançosos que tenhamos um ano revolucionário no sentido do aumento de turistas estrangeiros visitando o Brasil. Este número crescente está atrelado também a uma postura mais efetiva do governo atual na questão ecológica, fazendo com que as pessoas queiram ver este novo Brasil, sob um novo comando. O Brasil tem colaborado na questão sustentável e climática e isso tem mostrado resultados positivos”, afirmou Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.

“Este número crescente está atrelado também a uma postura mais efetiva do governo atual na questão ecológica, fazendo com que as pessoas queiram ver este novo Brasil, sob um novo comando” – Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.

Além disso, Sampaio acredita que uma série de fatores influenciaram este resultado. “Algumas coisas são conjunturais e tem que ser levadas em conta. A Europa e Estados Unidos estão muito caro então temos muito movimento turístico interno forte também neste momento. Pensando nos turistas estrangeiros, no entanto, as altas temperaturas do verão europeu também podem atrair turistas para a América do Sul, principalmente neste segundo semestre, onde temos ai mais um período longo de estações interessantes como a primavera antes da chegada do verão. O movimento turístico crescente devem impactar nossos destinos neste segundo semestre e o trabalho feito por alguns estados, que tem investido bem nos seus destinos também tem influencia neste resultado do crescimento internacional, através de iniciativas das secretarias de turismo dos estados”, explicou Alexandre.

“A Embratur, mesmo com um baixo orçamento, tem feito a divulgação do Brasil lá fora em mercados importantes e locais icônicos, como na Times Square em Nova Iorque por exemplo. Tudo isso é uma somatória”, completou.

Desafios à vista 

Aeroporto de Brasília crédito Andre Coelho Crescimento de turistas no Brasil está atrelado a novo comando, diz Alexandre Sampaio

A conectividade aérea ainda é um desafio (Foto: André Coelho)

Mas, algumas questões preocupam o presidente de uma das principais associações do setor, como a exigência de reciprocidade a partir de outubro, a reforma tributária e a malha aérea e até mesmo possíveis mudanças na Embratur.

“A partir de outubro voltaremos a exigir vistos para países que são grande emissores de turistas internacionais, e isso nos preocupa um pouco, assim como a reforma tributária também nos preocupa – não tanto na demanda dos turistas, mas em como as empresas vão trabalhar, principalmente na questão de investimento. Temos nossas dúvidas se isso irá inibir os investimentos no setor. Vamos trabalhar para manter o que foi combinado e lutar pela inclusão de outras demandas do setor. Esperamos os novos movimentos do novo ministro do turismo, que com seu bom relacionamento do congresso, pode fazer parcerias e captação de aportes e investimentos parlamentares para potencializar a pasta que esta debilitada”, afirmou Sampaio.

“A reforma tributária também nos preocupa – não tanto na demanda dos turistas, mas em como as empresas vão trabalhar, principalmente na questão de investimento” – Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.

“Na questão da Embratur, há uma movimentação ai em trocas de cargos e pastas e há uma preocupação de que o Freixo possa não ficar à frente da pasta em um futuro e isso nos preocupa, em relação a quem viria para assumir a agencias e também em como será resolvida essa questão do orçamento da Embratur”, complementou.

A falta de conectividade do Brasil com outros países também é uma questão levantada pelo executivo. “Precisamos de mais voos. Restabelecer a conexão aérea é fundamental para guinar isso ainda mais estes números de turistas. A volta do galeão, que se insere para receber mais voos internacionais e pode servir de conexão e atrair mais companhias para o Rio também vai ser um fator que vai ajudar a atrair mais e novos voos”, finalizou.

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