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Encontro de Lideres

Encontro de Líderes debate desafios dos empreendimentos turísticos

Anderson Masetto, Luigi Rotunno, Sávio Neves, Murilo Pascoal e Orlando Giglio

Anderson Masetto, Luigi Rotunno, Sávio Neves, Murilo Pascoal e Orlando Giglio (Foto: Eric Ribeiro/M&E)

FORTALEZA – Reformas, modelos de negócio e liberação dos jogos estiveram entre os temas discutidos no painel “Desafios e Oportunidades de Empreendimentos Turísticos” que compôs a programação do II Encontro de Líderes. O debate reuniu Luigi Rotunno, CEO do Grupo La Torre, Sávio Neves Presidente do Trem do Corcovado, Murilo Pascoal, diretor Geral do Grupo Beach Park e Orlando Giglio, diretor da Rede Iberostar no Brasil.

Com a mediação de Anderson Masetto, editor-chefe do Mercado & Eventos, o painel iniciou debatendo o impacto das reformas econômicas propostas pelo governo e seu impacto nos empreendimentos. Luigi Rotunno destacou a dependência não só para as empresas, mas para o setor de turismo e para o País.

“As reformas são imprescindíveis. A indústria do Turismo depende de reformas econômicas de todo o tipo. Estas reformas nem sempre estão chegando com o devido resultado, mas o mais importante é mostrar que o país está avançando e que há coragem de fazer reformas. É isso vai ter um impacto na indústria”, afirmou.

Sávio Neves destacou a necessidade de uma reforma administrativa

Sávio Neves destacou a necessidade de uma reforma administrativa (Foto: Eric Ribeiro/M&E)

Já Sávio Neves se mostrou incrédulo quanto a capacidade de uma reforma tributária em resolver problemas da carga no país. Para ele o ideal é que esta reforma fosse feita após uma reforma administrativa, para garantir um impacto real.“Não acredito na reforma tributários o máximo que ela vai conseguir é agrupar os impostos. Essa reforma tributária deve ser antecedida por uma reforma administrativa e aí sim, com a máquina pública custando menos, vamos conseguir reduzir a carga tributária”, explicou.

CARGA TRIBUTÁRIA

A onerosa lista de impostos dos empreendimentos seguiu a pauta da discussão. Orlando Giglio destacou que o fenômeno ocasiona em uma baixa lucratividade, deixando receoso o investidor estrangeiro.

“A legislação é muito dura. Nos EUA a carga trabalhista é 11% em relação ao salário e a nossa carga chega a 80%. Estamos trabalhando com uma carga absurda, pois 35% do nosso faturamento está em carga trabalhista. A gente tem três hotéis no Brasil e a nossa lucratividade é muito menor que no Caribe e até mesmo na Europa. Vale a pena investir, mas existem muitos entraves que complicam para o investidor estrangeiro”, ressaltou.

A opinião foi corroborada por Murilo Pascoal. “A gente precisa reduzir a carga tributária e os impostos para manter esse nível de contratação. O desafio é equilibrar a questão da necessidade do governo e das necessidades dos empresários O nosso setor é o que mais tem capacidade de gerar emprego e nunca vai perder a necessidade de funcionários, diferente da indústria que se automatiza”, analisou.

Murilo Pascoal, diretor presidente do grupo Beach Park

Murilo Pascoal, diretor presidente do grupo Beach Park (Foto: Eric Ribeiro/M&E)

DESENVOLVENDO UM DESTINO

As maneiras de desenvolver um destino também foram outro destaque do debate. A questão da conectividade, sempre debatida quando o assunto entra em pauta, foi novamente destacada pelos participantes do painel.

“Temos carências de assentos no Brasil como um todo. Fica muito difícil desenvolver alguns destinos por questão de acessibilidade”, afirmou Luigi Rotunno, que ainda ressaltou que o desenvolvimento de um destino não necessita de grandes empreendimentos. “Eu sou favorável a mais estruturas pequenas, hoteleiras e de lazer, para desenvolver o destino. A ausência de grandes marcas não é um problema para desenvolver, temos que apostar em experiência”, completou.

Anderson Masetto e Luigi Rotunno

Anderson Masetto e Luigi Rotunno (Foto: Eric Ribeiro/M&E)

Assim como os gargalos afastam investimentos, o debate mostrou que a resolução deles por parte dos governos também resultar em sua volta. Um exemplo disso é o Beach Park, que está investindo em uma ampliação do complexo, como destacou Murilo Pascoal.

“Ver todo este investimento foi o que nos levou a tomar a decisão de fazer a expansão Isso foi fundamental para tomarmos a decisão de caminhar. Vimos o que vem sendo feito e enxergamos o potencial que o Ceará tem após estas melhorias, e passamos a acreditar mais no potencial do destino e da nossa marca”, ressaltou.

SEGURANÇA

Constantemente na pauta quando o assunto é o Brasil, o tema segurança também entrou no debate. “Ter como chegar e ter infraestrutura é muito importante, mas um ponto vital é a segurança. Quem não tem segurança afasta turistas. Se não houver segurança o destino o turista não tem confiança no destino. O México passou por um problema seríssimo e teve uma queda quase 30% de ocupação. As pessoas optaram por ir a países vizinhos”, comentou Orlando Giglio, da Iberostar.

Já Sávio Neves atentou para o Rio de Janeiro. “Se o Rio tivesse segurança não caberia mais pessoas nos hotéis. A imagem que o Rio passa para o mundo é de insegurança que o governo não conseguiu conter. Este é o grande desafio. Temos infraestrutura, infraestrutura hoteleira e recursos naturais. Precisamos controlar a segurança para ter o grande boom do turismo”, finalizou.

Orlando Giglio, diretor da rede Iberostar no Brasil

Orlando Giglio, diretor da rede Iberostar no Brasil (Foto: Eric Ribeiro/M&E)

A cobertura do M&E no Encontro de Líderes tem o apoio de Shift Mobilidade Corporativa

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