Lummertz alerta que burocracia é “sinal vermelho” para crescimento turístico no país

Vinícius Lummertz e Sérgio Flores, da Embratur

O processo burocrático que emperra a emissão de vistos para turistas estrangeiros, bem como a abertura de novas marinas e a dificuldade na exploração organizada dos parques nacionais tem contribuído para emperrar os investimentos nacionais e estrangeiros no país e reduzir o fluxo de turistas internacionais no país. A constatação é do presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, que junto com Sérgio Flores, promoveu nesta segunda-feira (15), o lançamento oficial do portal Visit Brasil, na Casa Brasil, no Pier Mauá.

“Quanto aos vistos já solicitamos ao ministro José Serra a prorrogação por um ano da flexibilização dos vistos para turistas norte-americados, japoneses, australianos. Mas isso apenas não basta. A burocracia é um sinal vermelho no processo de desenvolvimento no nosso turismo. Falta diálogo e medidas efetivas”, reconheceu.

O dirigente lembrou que a Argentina já registrou um crescimento de mais de 20% desde que aboliu a exigência de vista dos EUA. “Aqui no Brasil apenas com a flexibilização do visto, o volume de turistas norte-americanos cresceu na mesma proporção”, lembrou. As críticas ao processo lento e burocrático foram estendidas a exploração da orla turística no Brasil. “Nos Estados Unidos se abre uma marina em 90 dias e aqui leva-se mais de 12 anos tantas são as exigências, como acontece atualmente na Bahia”, afirmou.

O dirigente também citou os Estados Unidos na questão da exploração organizada dos parques nacionais. “Enquanto outros países avançam neste tema nós regredimos e estamos fechando nossos parques. É preciso libertar o turismo desta burocracia com soluções criativas e aprender a explorar nossas cidades históricas com soluções que não venham a prejudicar o patrimônio mas facilitem a acessibilidade e o conforto que o turista exige”, explicou.

Verbas – Lummertz também confirmou que espera contar com mais recursos em 2017 para a Embratur. “Propusemos uma emenda parlamentar na ordem de R$ 400 milhões e esperamos contar com pelo menos parte destes recursos”, admitiu.