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Destinos / Feiras e Eventos

Lummertz defende capital estrangeiro e legalização de cassinos no Turismo

SÃO PAULO – De olho em soluções para emplacar o Brasil como um destino turístico mundial, Vinícius Lummertz, secretário estadual de Turismo de São Paulo, defendeu o investimento do capital privado e estrangeiro em empreendimentos no país. O posicionamento foi apresentado nesta terça-feira (23), em sua palestra “A parceria público-privada na retomada dos negócios”, realizada na 63° edição do Congresso Nacional de Hotéis (Conotel).

Vinicius Lummertz, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo

Vinicius Lummertz, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo

“O Brasil precisa de investimento. Precisamos saber onde estamos e para onde vamos, porque quando o país for colocado no sentido correto, o capital do mundo virá até nós. De 190 países, o nosso é o número um em potencial de turismo de natureza, mas precisamos internacionalizar o setor, porque não dá para crescer isolado”, endossa.

Sob essa ótica, Lummertz enfatiza o projeto de transformar o distrito turístico de Olímpia na Orlando brasileira. A iniciativa, que já conta com plano diretor foi estruturada para ser replicada em outros destinos, como é o caso da região de Itupeva, Louveira e Vinhedo, que será chamada de Distrito Serra Azul, datado para ter sua inauguração na próxima semana. A região, por conta dos parques Hopi Hari e Wet’n Wild, atrai cerca de dez milhões de visitantes.

A 63° edição do Congresso Nacional de Hotéis é organizada pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), que acontece simultaneamente à Equipotel Regional, na São Paulo Expo, até quinta-feira (25).

Cassino como negócio

Outro ponto debatido foi a regularização e exploração de cassinos em resorts e hotéis. Vinicius trouxe exemplos funcionais internacionais, detalhando como a atividade deste formato de negócio colabora para o desenvolvimento da região base e do entorno, gerando inclusive, novos empreendimentos hoteleiros para acomodar a demanda excedente.

“Para mudarmos a realidade precisamos mudar a nossa mentalidade. Eu não tenho medo de cassino, porque o Brasil é um dos melhores controladores de finanças. Eu tenho é medo do desemprego, criminalidade e desesperança”

“Para mudarmos a realidade precisamos mudar a nossa mentalidade. Eu não tenho medo de cassino, porque o Brasil é um dos melhores controladores de finanças. Eu tenho é medo do desemprego, criminalidade e desesperança. A regularização de cassinos em hotéis e resorts funcionará como uma âncora e o turismo precisa de âncoras que amparem a demanda que surgirá. Pode ter certeza que onde for implantado um cassino, mais vinte hotéis surgirão”, pontua.

De acordo com o secretário de Turismo do Estado de São paulo, a existência de um cassino é vantajosa não pelo faturamento, mas sim pela rentabilidade que ele gera no setor turístico tanto ao captar e movimentar viajantes, quanto por conta do montante investido em produtos e serviços.

Overview

Um panorama das ações da Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo desenvolvidas entre os anos de 2019, 2020 e 2021 também foi destacado. Entre elas, o lançamento do programa “SP Para Todos”; a privatização de aeroportos e ampliação da malha aérea; geração de 50 mil novos empregos, dos quais 16,5% pertencem ao setor turístico; o Programa de Crédito Turístico; o aumento de buscas do estado no Google. a redução do ICMS para as companhia aéreas; e a criação de estratégias no combate aos efeitos negativos da pandemia.

“A gente perde muita oportunidade porque para conseguir que projetos sejam implementado é preciso muita conversa. Me diz, em qual região do país, que não seja Foz, temos um hotel em frente a uma cachoeira? Não temos!”

Houve também menção para o plano 20-30 que evidencia as principais vocações turísticas do estado, trabalha a infraestrutura, promoção, comunicação e capacitação a fim de gerar emprego, renda e negócios. O secretário falou ainda sobre as obras de revitalização do Vale do Anhangabaú, interesse em transformar o atual prédio da Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo em um hotel e a falta de aproveitamento de oportunidades que o país naturalmente tem.

“O centro de São Paulo é um dos maiores centros de arquiteturas do mundo e na hora que ficar pronto vai ser uma dos maiores downtowns existentes. A gente perde muita oportunidade porque para conseguir que projetos sejam implementado é preciso muita conversa. Me diz, em qual região do país, que não seja Foz, temos um hotel em frente a uma cachoeira? Não temos! Precisamos também trabalhar para a construção dentro de reservas naturais para atrair visitantes”, argumenta.

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