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Política

Ministro pede um melhor ambiente de negócios para investimentos no Turismo

Vinicius Lummertz, ministro do Turismo

Vinicius Lummertz, ministro do Turismo

O discurso não é inédito, mas sempre que pode o ministro do Turismo Vinicius Lummertz bate nesta tecla: o Brasil precisa melhorar a segurança jurídica e o ambiente de negócios. Para ele, apenas desta forma o país poderá receber mais investimentos no Turismo e fara com que o setor se torne um dos pilares da economia brasileira, sendo responsável pela geração de milhares de empregos. O tema dominou o discurso de Lummertz durante a abertura do Seminário Investe Turismo, realizado na manhã desta quarta-feira (06) em São Paulo.

“Queremos outro Brasil. Da forma como estamos organizados só conseguimos entregar os resultados como os atuais”, disse Lummertz. “Hoje 1,3 bilhão de pessoas viaja ao redor do mundo e este número só cresce. Além disso, 10,4% do PIB global e cerca de 20% dos empregos no mundo são gerados ou induzidos pelo Turismo. Temos que olhar com prioridade para este setor”, complementou.

Lummertz lembrou do desenvolvimento do agronegócio brasileiro, que se desenvolveu e se tornou uma potência mundial. Na opinião do político, o Turismo tem potencial semelhante, mas para isso o país precisa se abrir ao mundo, uma vez que a concorrência só tende a aumentar. “Os Estados Unidos recebem 60 milhões de visitantes, quer chegar a 100 milhões. Dubai hoje não olha apenas o petróleo, mas sim para o Turismo. E nós? Somos pequenos, mas crescemos acima do PIB e teremos incremento de 3% nos próximos anos. Além disso, temos um mercado interno de 260 milhões, com potencial para agregar mais 40 milhões”, exemplificou.

ABERTURA

O ministro insistiu na abertura do país para os mercados externos. Ele citou o filme “Show de Truman”, estrelado por Jim Carrey, no qual o protagonista vive em um mundo fechado. Ele não conhecia o mundo exterior e também não sabia de tudo que acontecia fora do seu mundo inventado e controlado. Para Lummertz, este é um paralelo que pode ser traçado com o Brasil e citou o exemplo do setor de Cassinos. “O mundo todo já resolveu o tema Cassinos. O Brasil tem represados investimentos de US$ 50 bilhões por conta desta proibição. Estamos em uma bolha discutindo problemas da década de 1980”, desabafou.

TRÊS OPÇÕES

Como já fez em outros discursos, o ministro citou três setores que podem fazer com que o país dobre o número de viajantes. O primeiro deles é justamente a liberação dos cassinos. Outro setor citado por ele é o de parques naturais, que recebem hoje 10 milhões de visitantes por ano no país. Nos Estados Unidos este número é de 330 milhões. O terceiro diz respeito as marinas. Ele lembrou que obter todas as licenças e regularizar uma marina no Brasil pode demorar mais de uma década, o que impede que grandes investidores aportem seus recursos por aqui. “Temos também os parques temáticos, que estamos tentando melhorar o ambiente de negócios. Hoje eles pagam impostos para importar os equipamentos como se fosse para uso pessoal”, contou.

VANTAGENS COMPETITIVAS

Com todos este problemas, o Turismo não deixa de crescer no país. Em tom otimista, Lummertz citou o enorme potencial do país. Ele lembrou que o Fórum Econômico Mundial colocou o Brasil como número um em riquezas naturais a serem exploradas pelo Turismo. “Temos trabalhado para aumentar a competitividade. Já conseguimos voos mais baratos, implementamos o visto eletrônico, estamos trabalhando para transformar a Embratur em uma agência como a Apex, mas temos um modelo disfuncional, que inibe o investimento”, concluiu.

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