“Não queremos acabar com o Encontro”, diz presidente da Ancoradouro

Juarez Cintra Filho e Juarez Cintra Neto

Ao final do 27º Encontro Ancoradouro, Juarez Cintra Neto e Juarez Cintra Filho, respectivamente presidente e presidente do Conselho do Grupo Ancoradouro, fizeram uma confissão: nos últimos três anos foram para o evento achando que seria poderia ser o último. “Não queremos acabar com o Encontro. Mas sempre nos questionamos se e quando ele perderá força. O fato é que isso não aconteceu, ele foi um sucesso e a 28ª edição está confirmada”, destacou Neto.

O executivo ressaltou a efetividade que o Encontro traz para os agentes de viagens, para o investimento dos expositores e para a própria Ancoradouro. “Sempre pensamos em como melhorar o Encontro e inovar, mas quando falamos com os patrocinadores e com os agentes eles pedem para não mexer. É um formato campeão”, contou. “Conseguimos reunir quase 500 agentes de viagens, interagir com eles, prover capacitação e networking, além de coloca-los em contato com fornecedores que normalmente não chegam até eles”, complementou.

Neto afirma que o formato é tão efetivo que o Encontro transcendeu os seus objetivos iniciais de negócios e networking, gerando muita interação entre os participantes. “Não como mensurar exatamente, mas já ouvimos muitos relatos de agentes que se conheceram aqui e fizeram negócios juntos, como bloqueios, formação de grupos e outras coisas. O evento proporciona mais do que o B2B, porque tem o fator humano”, frisou.

TERCEIRIZAÇÃO

Juarez Filho e Juarez Neto

Um dos motivos que levam os diretores da empresa a pensar no fim do evento é justamente o trabalho que ele demanda. Embora boa parte da sua organização seja terceirizada para a Invicta – empresa que inclusive já fez parte do Grupo Ancoradouro -, Neto vê espaço para ampliar isso ainda mais. “Isso já está resolvido. Vamos sentar e ver tudo que pode ser passado, desde a venda, sempre indicado por nós, até a operacionalização”, revelou.

O objetivo é liberar os diretores e equipe de marketing da Ancoradouro, que têm outras demandas no dia a dia. “A organização do Encontro demanda muito tempo e às vezes acabamos desviando a nossa atenção e deixando outras ações importantes”, ressaltou.

INVESTIMENTO

Outro fator que dificulta é o alto custo do evento. Cintra Filho lembrou que os agentes de viagens não pagam nada para participar e que com a abertura de novas bases no Norte, Nordeste e Centro Oeste, isso deve aumentar ainda mais. “Com a nacionalização da Ancoradouro, teremos que trazer mais gente e isso encarece o evento”, disse o presidente do Conselho. “O modelo comporta um crescimento, podemos chegar a até 800 agentes, mas o investimento é muito grande”, completou.

Mesmo com feedbacks positivos e elogios de todos que conhecem o evento, Juarez Cintra Filho é enfático ao dizer que não tem receio que ele um dia acabe, mas sabe que este dia pode sim chegar. “Podemos fazer até o 30º, quem sabe. Isso porque em alguns anos, o evento ficará inviável por conta do nosso crescimento”, acredita.

Todos os participantes do 27° Encontro Ancoradouro

RELACIONAMENTOS E HISTÓRIA

A Ancoradouro tem 30 anos e, neste ano, o Encontro Ancoradouro completou 27 edições. A história do evento e da empresa praticamente se confundem, mas o fundador e presidente do Conselho tem uma visão bem clara desta relação: “Fizemos o primeiro evento com 45 agentes. Tivemos aqui 660 pessoas. Não tenho dúvida que o Encontro é um dos responsáveis pelo nosso crescimento”, definiu. “Tem duas coisas que nos ajudaram muito, primeiro o Encontro Ancoradouro e, depois, as feiras da Aviesp. Por isso sou muito ligado à entidade. Mais à frente vieram as feiras Avirrp, que também sou grato, mas já éramos grandes”, finalizou.

NÚMEROS DO 27º ENCONTRO ANCORADOURO

• 660 PARTICIPANTES
• 450 AGENTES DE VIAGENS
• 37 EXPOSITORES
• 1.369 MINUTOS DE CAPACITAÇÃO