Plano de Ilhabela prevê topo do turismo de natureza e autossuficiência

Ricardo Fazzini, secretário de Turismo de Ilhabela falou sobre todo o trabalho de restruturação do setor no município

ILHABELA –  Investimento, promoção, planejamento e sustentabilidade. Esta fórmula alavancou Ilhabela a uma posição de destaque entre os destinos brasileiros, não só pelos atrativos, mas pelo projeto de curto, médio e longo prazo desenvolvido pela Secretaria de Turismo e Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Turismo de Ilhabela. Com obras de infraestrutura e a forte presença em feiras nacionais e internacionais, o destino vem se destacando na promoção do turismo de natureza, nicho no qual pretende ser líder até 2020.

“Temos 92% de Mata Atlântica preservada, que cobre 85% da área do município. Com este cenário, fizemos um plano de focar mais na natureza para combater a sazonalidade e ter turistas o ano inteiro. Sempre fomos a capital da Vela e traçamos a meta de ser o destino campeão de turismo de natureza até 2020”, destacou Ricardo Fazzini, secretário de Turismo de Ilhabela, durante o Seeds, primeiro dos três eventos que a Braztoa realizará no município até o próximo dia 27.

REESTRUTURAÇÃO E INVESTIMENTOS

Com metas ousadas, a cidade iniciou um trabalho focado no setor desde o início da atual gestão, o que se reflete pelo valor investido. “Elaboramos um plano plurianual com o objetivo de desenvolver a Secretaria. O orçamento do turismo para os quatro anos é de R$ 328 milhões, sendo R$ 191 milhões somente para obras que concluiremos nestes primeiros dois anos de governo”, conta Fazzini.

Além do investimento, a reestruturação da pasta também foi fundamental para o desenvolvimento do setor. A secretaria foi divida em cinco áreas, sendo três fim e duas meio. Na primeira divisão estão promoção, promoção do turismo e eventos. Já na segunda o órgão conta com as áreas de Planejamento e Financeira. A estrutura criada conta atualmente com 56 funcionários.

SUSTENTABILIDADE

As ações, além de buscar o crescimento do fluxo turístico, visam criar um planejamento de longo prazo, criando equipamentos sustentáveis para que o Turismo seja autossuficiente ao longo dos próximos anos. Investimentos como centro de convenções, fábrica do samba, cinema, estruturação de trilhas e parques e a criação de um parque tecnológico já foram pensados com este objetivo.

“Toda a combinação destes investimentos tem como perspectiva criar fontes geradoras de recursos. Temos uma capacidade de investimento dos royalties do petróleo, mas sabemos que isso não dura para sempre, então todos estes equipamentos criados terão receita para que tenhamos estes recursos para reinvestir no Turismo. Isso significa sustentabilidade”, salienta o secretário.