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Destinos

Réveillon do Rio manteve tradição e encanto apesar da programação menor

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A queima de fogos com menor duração foi a atração principal

Uma das principais celebrações a céu aberto ao redor do mundo, o Réveillon de Copacabana mais uma vez confirmou a tradição com seu espetáculo de queima de fogos e muita música para festejar a chegada do ano novo. De acordo com a Riotur, dessa vez o público chegou de forma mais espaçada às areias da praia, e faltando meia hora para a meia-noite, alcançou a estimativa de 2 milhões de pessoas.O tradicional espetáculo pirotécnico, assinado pela Pirotecnia Igual Brasil, foi multicolorido, com destaque para o verde e amarelo, lilás, rosa, dourado e branco. Efeitos especiais fizeram palmeiras, corações, flores e carinhas felizes explodirem nos céus. Sincronizado com a trilha sonora, que foi um pot pourri de músicas, da ópera ao funk, o espetáculo de fogos começou pontualmente no primeiro segundo de 2017 e teve duração de 12 minutos, sendo encerrado ao som de Cidade Maravilhosa. Foram 18 toneladas de fogos, sendo 21 mil bombas, de origem espanhola, detonadas de onze balsas fundeadas no mar de Copacabana.

“Foi uma festa incrível e emocionante, com muita energia e calor humano. Continuamos sendo um dos maiores réveillons do mundo, como o de Sidney, que também tem 12 minutos de queima de fogos. Vamos começar o ano com muito amor e esperança”, afirmou Antonio Pedro Figueira de Mello, que se despede da Secretaria de Turismo da cidade após oito anos à frente da pasta.

Para celebrar a chegada de 2017, a noite começou pontualmente no horário marcado, às 18h30, com o cantor Alex Cohen, que festejou seus 20 anos de carreira com um show de hits de Renato Russo, Barão Vermelho e Santana, entre tantos outros. Cohen agradou ao público de todas as idades, e fez todo mundo dançar e cantar junto. Em seguida, foi a vez do DJ MAM, um dos maiores nomes da cena carioca, que ganhou o prêmio Noite Rio de melhor DJ de MPB/Regional em 2012 e 2014, e também é o autor de “Redentor”, música tema da comemoração dos 80 anos do Cristo. MAM subiu ao palco comandando uma caravela, vestido como um índio futurista, e abriu o show acompanhado de dois pernas de pau. Um dos pontos altos foi quando ele apresentou um novo remix de “Eu cheguei na Mauá”, de sua autoria.

A programação seguiu com o show do cantor Leo Jaime, que comemorou 32 anos de carreira com o show Leo Guanabara, tocando grandes hits como Rock Estrela, As Sete Vampiras, Solange, Sônia, Nada Mudou e A Fórmula do Amor. Ele também apresentou novos trabalhos e clássicos de amigos e ídolos que o influenciaram como Legião Urbana, Rolling Stones, Raimundos, The Cure e Nirvana, entre outros.

O show principal da noite celebrou os 20 anos de O Grande Encontro entre Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo. Um dos espetáculos mais aclamados da música brasileira, o trio reuniu arte, união e boas vibrações.No repertório, além dos clássicos, novidades e tesouros escondidos. Em trio, Geraldo, Elba e Alceu harmonizaram suas vozes para emanar as good vibes de “Anunciação”, “Caravana”, “Sabiá”, “Me Dá Um Beijo” – esta, do primeiro disco gravado em dupla por Alceu e Geraldo, em 1972. No repertório, uma procissão de hits: “La Belle de Jour”, “Girassol”, “Coração Bobo”, “Cabelo no Pente”, “Tropicana”. E, dentre as surpresas, uma música especialmente preparada para o Réveillon do Rio: “Chega de Saudade”, marco zero da Bossa-Nova, de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes.

O set de Elba contou com uma grande surpresa, quando ela parou o show para fazer um apelo de paz. A convite da ONG IMKR, a cantora recebeu no palco o menino Mohammad Zarba, de apenas 9 anos, e sua mãe, Tamador Faher Aldeen, ambos refugiados da Síria. “Fui procurada hoje para convidar ao palco pessoas que necessitam de nós. Nosso Brasil é um país democrático e recebe as pessoas do mundo todo. Aleppo é uma cidade destruída e muitos refugiados estão chegando. Vamos abrir nossos corações e nossas porteiras para que eles entrem”, declarou Elba. Mohammad chegou dando “Boa Noite a todo mundo” e foi recebido com os aplausos. “Quero mandar uma mensagem para as crianças lá na Síria que estão morrendo ou estão com muita fome. As crianças que estão morrendo, elas não querem morrer. Elas têm que viver”, prosseguiu ele, emocionando o público. “Muito obrigado aos brasileiros que abriram o coração para a gente. O coração de vocês é muito grande”, completou. “Foi lançada a semente. O meu Deus é o seu Deus, é o nosso Deus”, finalizou Elba.

O Gran Finale tornou a unir os três artistas em cena, em “Táxi Lunar” (da safra setentista de Alceu, Geraldo e Zé Ramalho), na inédita “Ciranda da Traição” (de Alceu), nos clássicos “Pelas Ruas Que Andei”, “Banho de Cheiro” e “Frevo Mulher”.Pra fechar a noite e encerrar com chave de ouro o ano do centenário do samba, dose dupla de carnaval: Mangueira e Unidos da Tijuca colocaram todo mundo pra sambar até o dia clarear.

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