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Destinos / Política

Toni Sando destaca continuidade de projetos e positivismo no Turismo em 2023

Toni Sando, presidente da UNIDESTINOS e Visite São Paulo

Toni Sando, presidente da Unedestinos e Visite São Paulo (Eric Ribeiro/M&E)

O ano de 2023 mal começou e já está marcado por momentos históricos, como os atos em Brasília, no dia 8 de janeiro, gerando repercussão mundial. Além do trabalho para recuperar as estruturas físicas dos prédios, obras do patrimônio cultural e artístico, o Turismo se vê em um cenário no qual precisa de cuidado para reacender sua imagem internacionalmente.

É o que pensa Toni Sando, presidente executivo do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) e da União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos (Unedestinos), nesta entrevista ao M&E para a segunda edição deste ano. Sando, ao lado de outros executivos, participou do Comitê de Transição entre o governo de Jair Bolsonaro para o atual chefe da República, Luíz Inácio Lula da Silva e, em entrevista exclusiva ao MERCADO & EVENTOS, se entusiasmou com o cenário do mercado, que embora seja desafiador, conta com a continuidade dos projetos criados no governo anterior.

MERCADO & EVENTOSDiante do atual cenário político e mercadológico, quais são as perspectivas para o Turismo em 2023?

TONI SANDO – Estamos otimistas em relação a 2023, crendo em uma retomada positiva. As estruturas do setor público, tanto do Ministério do Turismo quanto na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo já foram definidas, inclusive com a posse de Marcelo Freixo na Embratur e com a disponibilização da Unedestinos para promover a marca Brasil e seus destinos internacionalmente, a fim de captar mais turistas.

Freixo traz para a entidade as referências do trabalho desenvolvido pelo Comitê de Transição, dando continuidade a projetos como “São Paulo para Todos” e provando que se trata de uma política estadual e não de governo, que é encerrada com a troca de um líder, por isso estamos muito otimistas.

Outro fato relevante é o reconhecimento do presidente [Lula] sobre os conselhos setoriais e a volta do Conselho Nacional de Turismo, permitindo que o trade volte a ter voz, seja ouvido e tenha planos de melhoria discutidos.
Para o segmento MICE, a Embratur redefinirá sua estrutura na entidade e isso fará com que, com foco, consigamos alcançar indicadores maiores no ranking da Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, da sigla em inglês).

M&EFalando em eventos, como está a agenda de São Paulo para esse ano?

TONI SANDO – São Paulo tem, até o momento, 260 cadastrados, mas com previsão de, até o final do ano, chegar a 1.600. A nossa demanda já muito parecida com o volume de 2019, até com acréscimo e a ocupação hoteleira já nota os bons reflexos. Em 2022 os eventos técnico-científicos representaram 40% da demanda, as feiras e congressos corresponderam a 23% cada e houve ainda um volume de 15% para outros nichos.

No ano, ao todo, São Paulo teve 1.003 eventos. Agora vemos que esse perfil não mudou, mas com o formato híbrido, temos mais margem para captação de eventos internacionais, que não precisam da presença física do anfitrião, já que este pode participar ao vivo digitalmente.

M&E A imagem do Brasil, após os ataques à Praça dos Três Poderes foi, de alguma forma, prejudicada fora do país, representando dano à atividade turística?

TONI SANDO – Acredito que não, a situação do Brasil lá fora é muito pior do que essa ação pontual, pois está fraca de promoção e é nisso o que temos que focar. O ocorrido foi ruim, mas não arranhou a imagem do destino. Em 2021 uma situação semelhante ao que vimos aqui ocorreu no Capitólio dos Estados Unidos [após as eleições que tiraram Donald Trump do poder] e ninguém deixou de visitar o país por isso ou se sentiu inseguro.

Agora temos uma oportunidade de trabalhar o Turismo Cívico e mostrar a importância da Praça dos Três Poderes, pegando o gancho dos prédios projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer e da curiosidade criada para saber como é a estrutura e a história da Capital Federal.

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