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Hotelaria e Alimentação

"Pós-Copa"

Sediamos a Copa do Mundo de Futebol da Fifa e parece ser uma unanimidade que o país saiu-se muito bem e obteve enorme sucesso, superando todas as expectativas em diversos setores. Quanto à qualidade de atendimento, principalmente no setor de hospedagem e alimentação, a avaliação foi excelente. Mas, em todas as áreas, o resultado foi acima do esperado: segurança, aeroportos, mobilidade urbana e a recepção geral aos estrangeiros, dentro e fora dos estádios, foram muito bem avaliados.

Claro que nem tudo foi perfeito, mas proporcionalmente, tivemos uma grande maioria de turistas com percepção favorável do país. O próximo passo é arregaçar as mangas e colocarmos mão à obra para que este legado, majoritariamente benéfico, não se perca e possamos consolidá-lo, não só em termos de imagem, mas trazendo resultados concretos, incementando cada vez mais a vinda de visitantes de fora. Os primeiros anúncios do Ministério do Turismo são animadores. Se conseguirmos cumprir pelo menos uma parte das propostas delineadas, estaremos dando passos concretos para tornar o nosso setor importante fonte de contribuição da balança de pagamentos na área de serviços.

Apesar do balanço bastante positivo do pós-Copa, principalmente na indústria de hospedagem e alimentação, é preciso lembrar que várias das revindicações do segmento ainda não foram sequer analisadas pelas equipes dos presidenciáveis e, muito menos, ouvimos falar em algum plano ou projeto para nosso setor. Mesmo no atual governo, gastronomia e meios de hospedagem, apesar de serem componentes críticos, para um bom receptivo do turista internacional e para o incremento do lazer dos brasileiros, carecem de uma leitura diferenciada e mais objetiva dentro da máquina governamental, pois várias decisões que garantiriam crescimento, produtividade e melhor ambiente de negócios, dependem de inúmeras esferas decisórias, sobre as quais a equipe do Ministério do Turismo, por mais que se esforce, não se impõe, seja por falta de convencimento técnico, seja por carência de peso político.

Temos no ambiente eleitoral deste ano uma oportunidade única de apoiarmos candidatos que se comprometam com nossas causas ou quem sabe, nós mesmos, empresários desse setor,  nos habilitarmos aos cargos eletivos em todo Brasil. Não faríamos nada diferente de vários representantes de outras atividades, nas quais membros do patronato, de maneira democrática e participativa, se lançam com apoio do empresariado, para oferecer seus nomes à apreciação da sociedade. Desta forma, teríamos parlamentares estaduais e federais, capacitados para articular licitamente em prol de nossa atividade.

Outro aspecto que precisamos ter coragem de abordar é sobre o modelo em que está constituído o Ministério do Turismo. Talvez esteja, agora que ele faz 10 anos, na hora de mudar. A disputa paroquial e a sua atuação preponderante para contemplar verbas de emendas a políticos, gerando obras de pouca relevância nacional, nos remete a uma alternativa de termos uma Secretaria Nacional, vinculada à Presidência da República, com acesso a todo o poder federal, dado o caráter amplo das necessidades de nossa atual pasta. Está aberto o debate. Vamos ouvir  e interagir  com os candidatos, sejam eles proporcionais ou majoritários.

Alexandre Sampaio
Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação – FBHA

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