A jovem Fraiburgo, que completa neste ano seus 50 anos, mantem como uma de suas principais atividades econômicas o cultivo da maçã, o que rendeu à cidade o apelido de Terra da Maçã. A prática se desenvolveu na região graças à família alemã Frey, responsável pela fundação e colonização do município (daí o nome Fraiburgo, uma versão aportuguesada da pronúncia do nome alemão). Uma forma divertida de entender a história da cidade é através do passeio pela floresta Renè Frey com direito à colher o fruto que deu fama à cidade, direto das macieiras cultivadas no local.
O local oferece várias modalidades de passeio: em ônibus ou van, aconselhável para pessoas idosas e aquelas que não querem se sujar, e em jipe ou jardineira. O percurso passa por uma floresta de pinos, mata com araucárias centenárias até chegar às plantações de maçãs. Fizemos o trajeto no jipe, que acaba sendo uma espécie de rally com direito a um leve banho de lama ao passarmos por poças deixadas pela chuva.
Infelizmente, no mês de julho as macieiras ainda estão no período de dormência o que significa árvores secas, sem frutos, flores ou folhas… Azar nosso. Mas em setembro começa o período de floração quando as abelhas fazem o trabalho de polenizar as flores que mais tarde darão origem às deliciosas maçãs Gala, Fuji e Goldem produzidas na região. Quando as maçãs estão maduras os visitantes podem colhê-las direto das árvores, levar para casa ou devorá-las ali mesmo!
Já em Videira, cerca de 30km de Fraiburgo, a dica é apreciar os vinhos de altitude desenvolvidos na região. São diversas vinícolas espalhadas pela cidade. Visitamos uma das mais novas, a Santa Augusta, única da região a produzir seus próprios espumantes, que mesmo novos já tem conseguido boas críticas no mercado. O destaque da casa é o Moscatel, que possui baixo teor de açúcar, não deixando a bebida enjoativa. É suave e delicioso! Vale a pena conhecer.
Veja mais fotos da Rota da Amizade no site do M&E.
Por Bianca Souza