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Pela primeira vez nos últimos 15 anos, o segmento de cruzeiros marítimos no Brasil reduziu seu crescimento. Isso se deveu, segundo Ricardo Amaral, presidente da Abremar, a infraestrutura deficitária brasileira. “Embora tenhamos diminuido, é interessante observar que a Argentina cresceu, cerca de 9%. As companhias marítimas tem optado por realizar cruzeiros internacionais e que não sofram com os impactos da tributação brasileira. Isso não ocorre em outros países e infelizmente esse entrave se tornou realidade”, afirmou Amaral, em entrevista em vídeo ao MERCADO&EVENTOS.
Diante desse cenário, o Brasil dificilmente conseguir alcançar a terceira posição no mercado mundial de cruzeiros. “Chegamos na quinta colocação e entendo que será complicado sustentar esse lugar. A tendência é até cair”, alertou o dirigente. No entanto, Amaral reforçou que o diálogo está aberto e que a presença do Ministério do Turismo e da Secretaria dos Portos e dos dirigentes das outras associações do turismo (Abav Nacional, Aviesp, Braztoa) no Cruise Day este ano foi fundamental. “Essas conversas são importantes para estimular o setor de cruzeiros e fazer com que esse impacto de R$1.4 bilhão em todos os portos cresça no futuro. As mudanças são morosas e infelizmente o Brasil está pagando o preço deixando de ser um destino competitivo”, completou.
Sobre o Cruise Day, Amaral ressaltou que este ano o evento ofecereu um maior número de seminários e contou com a presenças de marcas de cruzeiros divulgando suas promoções e ofertas para fretamentos e grupos. “O evento superou as expectativas. Tivemos uma evolução no decorrer dos anos e é importante que a Abremar esteja ativa e mantenha esse trabalho”, comentou Amaral, mencionando ainda a divulgação feita pelo MERCADO&EVENTOS. O presidente falou também sobre a participação no Seatrade South America 2012. A Abremar é apoiadora e o MERCADO&EVENTOS é midia partner. Este ano, o fórum acontece em Buenos Aires em setembro.
Leila Melo e Lisia Minelli
