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IEVC: corporativo representa 55% do segmento de viagens

Hildemar Brasil, coordenador do IEVC, Eduardo Murad, da Alagev e Antonio Bonfato, do Senac

Hildemar Brasil, coordenador do IEVC, Eduardo Murad, da Alagev e Antonio Bonfato, do Senac


Em 2015, as viagens corporativas movimentaram R$ 38,73 bilhões do total do segmento de viagens no Brasil. Isso representa 55% de todo movimento do setor. Os dados são do 10o IEVC (Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas), que foram apresentados na manhã desta segunda, dia 15. Apesar da ligeira queda de 3,6%, o segmento ainda apresenta maior eficiência frente aos resultados do PIB do país, tendo registrado um maior investimento no ano passado (4,1%). De acordo com a pesquisa, o impacto das viagens corporativas na economia foi de R$ 70,57 bilhões, contra os R$ 75,93 bilhões de 2014.

Segundo Antônio Carlos Bonfato, do Centro de Estudos Aplicados do Centro Universitário Senac, os bilhetes aéreos somam a maior parte da receita com 44,29%, seguido por hospedagem (33,9%), locação de veículos (7,33%), alimentos e bebidas (8,56%), agenciamento (4,69%) e tecnologia (1,44%). No total, o setor gerou mais de 725 mil empregos diretos e indiretos – uma queda de 3,66% em relação ao ano anterior.

Nas viagens globais, as chegadas internacionais tiveram um crescimento de 4%. Para Bonfato, o resultado teve influência da queda dos preços das passagens, que fizeram com que o tráfego aumentasse. No PIB global, as viagens representam 3,4%. Na América Latina houve um crescimento de 1,7% no PIB de viagens e turismo, o mais lento do mundo. Resultado impactado principalmente pelo Brasil. “Com o real depreciado o país foi o principal responsável pelo resultado geral da região”, disse.

Previsão 2016 – Ainda segundo o estudo, as previsões para o ano apontam queda no PIB de 3,5%, com taxa de inflação nos serviços corporativos de 3,87% e taxa de crescimento nominal de 0,42%. “A instabilidade para o ano continua, mas devemos lembrar que o país continua viável para investimentos e acreditamos numa retomada para 2017”, finalizou.

IEVC 10 anos – Segundo Hildemar Brasil, Professor Doutor em Economia de Turismo e coordenador responsável pela pesquisa, nesses dez anos o IEVC se consolidou e hoje é considerado base para empresas e órgãos públicos. Para ele, entre os anos de 2006 e 2010 o índice se mostrou extremamente positivo com performance de 40%de crescimento. Já num segundo momento todo o crescimento começa ser ameaçado por crises, ainda assim o IEVC acumulou crescimento de 46%. “Isso mostra a solidez do indicador e que este é um setor resistente, que pode ser uma alternativa para a crise brasileira”, comentou.

Foto: Eric Ribeiro

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