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Forum Conectividade

Conectividade é essencial para Brasil colher frutos da isenção de vistos

O painel "O que representa a isenção de vistos de turistas para o fomento do Turismo no Brasil" debateu a necessidade de aumentar a conectividade para acompanhar essa ação

O painel “O que representa a isenção de vistos de turistas para o fomento do Turismo no Brasil” debateu a necessidade de aumentar a conectividade para acompanhar essa ação (Foto: Eric Ribeiro)

SÃO PAULO – O quarto painel do II Fórum Conectividade, realizado nesta segunda-feira (02), contou com a presença de Bob Santos, Secretário Nacional de Integração Interinstitucional do Ministério do Turismo; Gilmar Piolla, Secretário de Indústria, Turismo, Comércio e Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu; e Flávia Didomenico, presidente da Santur, e discutiu a questão da isenção dos vistos de Turistas como forma de fomentar o turismo no Brasil e como a conectividade é essencial para a melhoria desta ação.

 Bob Santos, Secretário Nacional de Integração Interinstitucional do Ministério do Turismo

Bob Santos, Secretário Nacional de Integração Interinstitucional do Ministério do Turismo (Foto: Eric Ribeiro)

Bob Santos iniciou a discussão relembrando do inicio das tentativas de isenção dos vistos nos Estados Unidos. Segundo ele, em 2015 o Brasil começou a conversar com os EUA para trabalhar na reciprocidade da isenção de vistos porém o país norte americano elencou dois grandes motivos para não acatar a proposta. O primeiro deles era de que a cada 100 vistos que os consulados dos EUA liberaram no brasil, eles atendem a 98, o que representa um índice altíssimo.

O segundo motivo é por conta da receita de taxas, que por ano suporta todo e qualquer custo operacional de todos os consulados da América do Sul, fazendo com que os Estados Unidos não estivesse disposto a abrir mão dessa receita. A reciprocidade não aconteceu mas isso não fez com que o Brasil desistisse desta proposta.

“Antes de liberarmos os vistos, nós estudamos a mobilidade e logística pra facilitar a chegada de estrangeiros no Brasil. Antes era muito burocrático o processo da emissão dos vistos, era feito no papel e presencialmente. Então tentamos viabilizar o serviço para atrair mais turistas implantando o E-Visa”.

Desde 16 de junho, quando foi liberado os vistos para os mercados estadunidense, australiano, japonês e canadense, houve um incremento de 25% e emissão de 598 milhões de vistos. Os próximos passos são a liberação do visto para China, Índia e Qatar pois são estrategicamente interessante para o Brasil. “China tem cerca de 140 milhões de turistas viajando o mundo inteiro, a nossa meta é atrair 600 mil e atualmente só atraímos 10% disso. Mas para isso precisamos melhorar nossa conectividade, e para isso, precisamos atrair novas empresas. Por isso, essa integração entre governo federal, estadual e o trade é muito importante”, explicou Bob.

Gilmar Piolla, Secretário de Indústria, Turismo, Comércio e Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu

Gilmar Piolla, Secretário de Indústria, Turismo, Comércio e Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu (Foto: Eric Ribeiro)

Gilmar Piolla falou sobre o crescimento de Foz pós liberação dos vistos. Em 2018, com anúncio do visto eletrônico, cresceu 47% em número reais de visitantes dos EUA no parque nacional do Iguaçu e 23% de canadenses. Já neste ano, houve um acréscimo de 41% de americanos no parque, 44% de canadenses e 12% de australianos.

“Pela primeira vez esse ano vamos bater a meta de 2 milhões de visitantes do lado brasileiro no parque nacional de Iguaçu, entre eles, mais de 50 mil norte americanos. É um mercado em franca expansão. Com a melhoria da conectividade da malha aérea permitida com essa renovação em nosso aeroporto que terá capacidade para atender 7 milhão e meio de passageiros, eu acredito que vamos conseguir atrair cada vez mais estrangeiros para o País”, afirmou Gilmar Piolla.

Piolla também concordou com o fato de que é necessário trabalhar na conectividade aérea para melhorar ainda mais esses números. “Com a isenção dos vistos chegou uma nova oportunidade. Temos como meta agora Foz 20/30 em nos transformar no destino número #1 para turistas estrangeiros e transformar nosso aeroporto num Hub da América do Sul”, completou o secretário.

Flávia Didomenico, presidente da Santur

Flávia Didomenico, presidente da Santur (Foto: Eric Ribeiro)

Flávia Didomenico, presidente da Santur, trouxe ao debate a importância de entender esses mercados para saber como formatar os produtos e coloca-los na prateleira para atrair mais turistas.”Temos produtos e potencial para trabalhar de forma mais intensiva com a promoção para esses mercados. Além de liberar o visto, precisamos entender esse mercado e de que forma estamos trabalhando para vender esses produtos. É um grande desafio e que se não encaramos com detalhes, levaremos muito tempo para ter a grande vantagem dessa ação da isenção”.

“Estamos querendo intensificar produtos além do Sol e Praia, como por exemplo o GeoPark, que pode atrair bastante turistas chineses, que sabemos que se interessam por um destino com recursos naturais. Quando assumimos a gestão em Santa Catarina, nos deparamos com uma grande dificuldade de colocar esses produtos na prateleira por não estar formatado”, afirmou. “Em relação aos vistos, tivemos um aumento não tão expressivo quanto Foz mas tivemos um aumento de 14% de norte americanos”, completou Flávia.

Flávia terminou sua fala afirmando que Florianópolis possui hoje, o melhor aeroporto do pais – extremamente preparado para receber esse público. “Estar no nosso aeroporto é uma experiência incomparável com outros aeroporto do Brasil. Nosso serviço é ágil e inteligente. Atento ao turista nacional e internacional, temos um super equipamento e queremos ter outros equipamentos iguais espalhados por todo o país pois isso ajuda no crescimento do número de turistas”, finalizou.

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