O Skal-RJ realizou nessa terça-feira (23/11) o último almoço do ano. Como de costume; o evento reuniu associados e o presidente da Abav Nacional; Carlos Alberto Amorim Ferreira; que palestrou sobre o panorama do turismo. O enfoque; é claro; foi no agente de viagens e em sua postura frente a esse novo cenário que se desenha. O presidente do Skal-RJ; Nylvando Oliveira Jr; explicou o motivo do convite feito à Kaká.
“Queremos comprovar o apoio do Skal-RJ à Abav Nacional. Levantamos a bandeira contra o oligopólio das companhias aéreas. Essa não é uma prática de mercado saudável. As companhias não podem determinar o que é certo e errado. Nós somos uma entidade apolítica; contudo; concordamos com as ações da Abav Nacional”; explicou Oliveira.
De acordo com ele; os encontros frequentes do Skal-RJ servem para que todos os envolvidos na cadeia do turismo façam negócios e debatam questões estratégicas para o trade. “Uma forma de a iniciativa privada pleitear ao governo federal assuntos pendentes. Os players do turismo precisam agir de forma uníssona visando um objetivo comum”; defendeu o dirigente.
Kaká; por sua vez; levantou as mesmas questões que já fazem parte da luta da Abav Nacional. “Os agentes precisam entender a atual situação. As coisas estão mudando numa alta velocidade e muitos profissionais ainda não perceberam isso. Já as companhias aéreas são cegas ou míopes. Elas precisam dos agentes para distribuição; já que não conseguiriam atender a toda a demanda sozinhas”; lamentou.
Também sobraram críticas à infraestrutura do país que sediará a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “O Pan-americano não deixou legado nenhum. Esperamos que os próximos mega eventos tenham consequências melhores. Temos gargalos que precisam ser resolvidos até lá. A estimativa da Embratur é que o país alcance; até 2018; oito milhões de turistas. É pouco? Talvez. Mas estaremos preparados para receber mais do que isso?”; indagou o presidente da Abav Nacional.
Mostrando-se ligado ao que acontece no setor; Kaká citou a reunião que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) teve ontem com companhias aéreas e Infraero. “Essa reunião poderia ter sido feita antes. Proibir o overbooking não é o que resolve. Pior que isso são os voos cancelados. A Anac deveria ter mais cuidado; se existisse uma fiscalização ao longo do ano não seria necessária essa extrema preocupação agora”.
Antes de terminar o ano o Skal-RJ realiza um jantar de gala no hotel Pestana em 11 de dezembro. Já o Congresso será feito; pela primeira vez; em alto mar. Os congressistas vão debater as pautas do turismo a bordo do Costa Serena a partir de 6 de fevereiro.
Carlos Alberto Ferreira e Nylvando Oliveira Jr