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Após silêncio, Alan Barros fala – mas as dúvidas continuam; veja 10 perguntas feitas ao fundador da Faturepag

EXCLUSIVO: Alan Barros, fundador da Faturepag, fala sobre diferencial da fintech no trade

Alan Barros, fundador da Faturepag (Divulgação/Faturepag)

Depois de muita especulação, Alan Barros, fundador da FaturePag, finalmente veio a público conversar com alguns veículos da imprensa. O M&E, que tenta contato com o executivo há semanas, havia combinado uma conversa com o empresário na tarde desta segunda-feira (17), mas não obteve mais respostas. Após a publicação deste texto, Alan procurou o jornal para responder as perguntas e essa matéria foi atualizada. Embora o empresário já tenha se pronunciado e respondido algumas questões sobre o tão aguardado FIDC para o setor de Turismo, o que realmente interessa ainda permanece nebuloso.

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O M&E separou abaixo as dez perguntas sobre a viabilidade do fundo, a relação da fintech com a ViagensPromo e os questionamentos sobre sua estrutura e credibilidade. Afinal, promessas foram feitas, prazos não foram cumpridos e as incertezas continuam mesmo após sua aparição.

Sobre a FaturePag e sua estrutura

  1. A FaturePag se apresenta como uma fintech de pagamentos e estruturação financeira, mas seu capital social é extremamente baixo para uma empresa desse segmento (confira aqui). Como isso se justifica? Como os investidores podem confiar na solidez da empresa?
    Alan Barros – Sim, é uma fintech, e atua com muita transparência e credibilidade desde sua fundação, e seu capital social está de acordo com o que se faz necessário para o setor.

  2. O senhor poderia confirmar se a FaturePag está registrada no Banco Central? Se não, por que não? Considerando que lida com pagamentos e intermediação financeira, essa falta de regulação não representa um risco para o mercado e para os clientes?
    Alan Barros – Não somos uma instituição financeira e para tanto não se faz necessário o registro no banco central, quando isso for necessário, evidentemente será feito.

  3. Um dos sócios da FaturePag, Jorge Parente Frota Junior, tem um histórico de problemas com a CVM devido a um suposto golpe financeiro. Como o senhor responde a quem questiona a credibilidade da fintech diante dessa associação?
    Alan Barros – Não existe e nem vai existir nenhum risco para nossos clientes, pelo contrário nossa operação antecipa recebíveis dos clientes.

Sobre o FIDC prometido e não lançado

  1. Em outubro de 2024, foi garantido que o FIDC seria lançado até dezembro. No entanto, isso não aconteceu. Agora, o senhor fala em março de 2025. O que realmente impede o lançamento do fundo?

  2. Fatores macroeconômicos foram citados como justificativa para o atraso, mas especialistas apontam que a burocracia para registrar um FIDC na CVM já indicaria um prazo mínimo de seis meses. Ou seja, a promessa inicial não era realista?

  3. A CVM não tem registro de um FIDC da FaturePag. Como o fundo pode estar “em pé” e “quase operacional” sem essa inscrição? O senhor poderia esclarecer quem são os “atores financeiros” viabilizando esse fundo e como a estrutura dele funcionará na prática?

  4. O senhor mencionou que o fundo pode movimentar até R$ 1,5 bilhão por ano. Esse número impressionou o mercado, pois é um valor elevado para os padrões do Turismo. O senhor poderia detalhar exatamente como essa projeção foi calculada?

    Sobre o Fundo, Alan se resumiu a responder apenas:
    Alan Barros – O fundo de antecipação está sendo construído de forma correta e atenderá o setor com antecipação de recebíveis de cartões de crédito, para pré pagamentos, nosso entendimento não mudou sobre o tema. Estamos esperando que essa operação movimente aproximadamente 100 milhões mês, essa é a nossa meta.

Sobre a relação com a ViagensPromo

  1. Em entrevista à outros portais, o senhor afirmou que soube da crise da ViagensPromo apenas pela imprensa, mas que mantém uma relação próxima com Renato Kido. Como um parceiro financeiro que estruturava um fundo junto com a empresa não tinha conhecimento prévio das dificuldades enfrentadas?

  2. Há algum risco de o FIDC, caso seja lançado, acabar servindo para tapar o buraco da ViagensPromo, em vez de beneficiar de fato o mercado como um todo?

  3. Considerando sua fala à um outro veículo sobre a falta de união no Turismo, por que a FaturePag, como fintech que se propõe a ser uma solução financeira para o setor, não adotou uma postura mais transparente sobre os atrasos do fundo e sua real viabilidade?

    Sobre a VP, Alan respondeu:
    Alan Barros – Sobre a gestão da VP, não posso dar nenhuma afirmação, e como já é sabido, vou me reunir o com o Kido, verificar no que poderemos ajudar, uma vez que ele é nosso cliente e desta forma entendemos que o que for possível e estiver ao nosso alcance.

    *Essa matéria foi atualizada após Alan Barros procurar o jornal para esclarecer as questões. 

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