
Após chegar a um acordo com credores para ampliar o prazo da proteção judicial, a Invepar, controladora do Aeroporto Internacional de Guarulhos e da Linha Amarela do Rio de Janeiro, conseguiu evitar um pedido de recuperação judicial. Ao menos por ora, já que o prazo aprovado para o “standstill” (suspensão do pagamento de dívidas) é de 15 dias, prorrogáveis por mais 15 dias, para conseguir renegociar R$ 1,5 bilhão.
A proteção contra credores obtida pela companhia em antecipação a um eventual pedido de recuperação judicial, expira meia-noite desta terça-feira (17) e a prorrogação dessa proteção foi formalizada ontem na Justiça. A assembleia-geral extraordinária de acionistas, que seria realizada para deliberar sobre o possível pedido de recuperação, havia sido suspensa na última quinta-feira (12) e remarcada para ontem. No entanto, o encontro foi novamente adiado e estava previsto para acontecer às 13h de hoje.
A Invepar afirmou em nota que o fechamento do acordo permite a construção de uma saída negociada entre as partes. Isso porque ficam suspensos os pagamentos de dívidas da companhia no prazo acordado. O acordo ainda passa pela Justiça, mas como há entendimento entre as partes, a expectativa é de aprovação. “A Invepar e suas controladas mantêm seus compromissos públicos de seguirem alinhadas às práticas de mercado e manifesta a certeza de que chegará a bom termo nas negociações com seus credores”, reforçou a companhia, que pediu mais tempo para avançar nas negociações com o Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi e credor de metade dos R$ 650 milhões em debêntures emitidas pela Invepar. O Mubadala, por sua vez, solicitou o vencimento antecipado da dívida. A outra metade dos títulos está nas mãos dos fundos de previdência Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa), que, por serem acionistas da Invepar, estão impedidos de votar em deliberações relacionadas às debêntures.
*com informações Estadão