O Latam Airlines Group divulgou um lucro líquido de US$301 milhões no terceiro trimestre de 2024, acumulando US$705 milhões nos primeiros nove meses do ano. O grupo obteve uma margem operacional ajustada de 14,0%, com receitas operacionais de US$3,3 bilhões, representando um aumento de 7,6% em relação ao mesmo período de 2023. Com um EBITDAR ajustado de US$828 milhões e uma margem de 25,2%, o grupo segue fortalecendo sua estrutura financeira, gerando US$157 milhões de caixa no trimestre.
No período, a Latam registrou crescimento de 15,1% na capacidade de assentos por quilômetro (ASK) e uma taxa de ocupação consolidada de 84,9%, impulsionada pelo aumento de 22,4% nas operações internacionais, com taxa de ocupação de 86,1%.
Em outubro, o grupo refinanciou parte significativa de sua dívida de saída do Capítulo 11, reduzindo quase pela metade o custo financeiro e postergando os vencimentos para 2028. Esse refinanciamento impactará as demonstrações financeiras, gerando um efeito único de US$134 milhões, dos quais US$45 milhões aparecerão no fluxo de caixa do quarto trimestre.
O CFO do grupo, Ramiro Alfonsín, destacou a solidez dos resultados: “Com esses bons resultados, o grupo LATAM alcançou um custo por ASK de passageiros, excluindo combustível, de US$4,0 centavos e uma liquidez de US$3,6 bilhões, com praticamente nenhum vencimento financeiro até 2028.”
Projeções de crescimento e expansão de frota Latam
Para 2024, a Latam projeta crescimento de capacidade entre 15% e 16% em relação ao ano anterior, e um EBITDAR ajustado entre US$3 bilhões e US$3,15 bilhões. O grupo espera uma redução no índice de alavancagem líquida ajustada para 1,6x – 1,7x até o final do ano. O grupo transportou 21,1 milhões de passageiros no trimestre, um aumento de 7,1%. Nos últimos 12 meses, foram 80,6 milhões de passageiros, um crescimento de 13,6%, reforçando sua liderança na América do Sul e posição global entre as maiores companhias aéreas.
A Latam mantém compromissos com fabricantes como Airbus e Boeing, com mais de 120 aeronaves encomendadas até 2030, incluindo 106 aviões narrow body e 19 wide body. Atualmente, a frota é composta por 341 aeronaves, destacando 56 aviões Boeing e 263 Airbus, posicionando o grupo para atender à demanda futura e ampliar sua atuação global.