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Agências e Operadoras

Com dívida superior a R$ 2 bilhões, 123 Milhas entra com pedido de recuperação judicial

123 Milhas logotipo detalhado Com dívida superior a R$ 2 bilhões, 123 Milhas entra com pedido de recuperação judicial

Empresa acumula uma dívida de R$ 2,3 bilhões no momento, montante que poderá ser alterado no futuro após verificação dos créditos (Divulgação)

A 123 Milhas acaba de entrar com um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais, local de sua sede. A empresa informou que fatores internos e externos culminaram nesta decisão, que acabaram impondo “um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”. A empresa afirma que usará a recuperação judicial para cumprir obrigações de “forma organizada”.

Veja a nota da 123 Milhas na íntegra logo abaixo

Após a suspensão do pacote “Promo”, a empresa tinha a esperança de que os clientes iriam adquirir outros produtos, através dos vouchers sugeridos, o que não acabou ocorrendo. Com isso, acumula uma dívida de R$ 2,3 bilhões no momento, montante que poderá ser alterado no futuro após verificação dos créditos. A agência informa ainda que a crise atual acabou sendo agravada pelo “inesperado aumento e persistência dos altos dos preços das passagens no período pós-pandemia”.

Além do pedido de RJ, a 123 Milhas solicitou a suspensão imediata, por um período inicial de 180 dias, das ações judiciais de cobrança movidas contra ela.

“Nesse contexto, a 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada”, informou o pedido protocolado pela 123 Milhas.

A decisão ocorre menos de 15 dias após a 123 Milhas suspender os pacotes promocionais com datas flexíveis e dois dias após a HotMilhas, empresa do mesmo grupo, decidir paralisar a compra e venda de milhas. Nessa segunda-feira (28), diversos setores da empresa já tinham sido afetados pela crise, como recompra, promo e emissão de bilhetes, bem como tecnologia, projetos e produto, o que culminou na demissão de centenas de colaboradores.

“Nesse contexto, a 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados”

Outras empresas do grupo também fazem parte do pedido de Recuperação Judicial: Art Viagens, HotMilhas e Novum (holding que detém 100% do capital da agência de viagens). “As sociedades Requerentes operam em harmonia entre si e dependem uma da outra para a continuidade de sua operação. Esse é o motivo do ajuizamento do presente Pedido de Recuperação Judicial em litisconsórcio ativo”, diz a petição inicial dos advogados da 123 Milhas.

Nota na íntegra

“A 123 Milhas informa que protocolou hoje (29) no Tribunal de Justiça de Minas Gerais um pedido de Recuperação Judicial. A medida tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. A Recuperação Judicial permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira. A 123 Milhas ressalta que permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados. A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro”.

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