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Agências e Operadoras

Agências de turismo virtual ganham mercado

​Com menos de cinco anos de atividade, as agências de turismo virtual abocanharam cerca de 10% do mercado de turismo de lazer, onde tradicionais operadoras têm 40 anos experiência. Do outro lado, as agências veteranas adotam basicamente dois modelos: resistem à internet, abrindo mais lojas de rua; ou adotam uma estratégia mista, que combina lojas físicas e vendas on-line. Uma pesquisa da consultoria americana Phocus Wright, especializada em comércio eletrônico de turismo, mostra que esse nicho no Brasil poderá saltar de 10% para 30% em cinco anos.


A Tia Augusta, por exemplo, vem resistindo ao mundo virtual. Prova disso são as cinco lojas que serão inauguradas – uma por ano – entre 2013 e 2018, com um investimento de R$ 15 milhões. Para Luis Filipe Fortunato, diretor da Tia Augusta, a venda on-line não faz sentido já que a empresa vive de vender pacotes com bons serviços e atendimento personalizado. A Tia Augusta tem um sistema de reservas on-line, mas a compra tem de ser fechada pela central de atendimento ou nas lojas. Segundo Fortunato, 80% das vendas são fechadas pessoalmente.

Por outro lado, a agência de turismo virtual ViajaNet esta cada vez mais investindo em agregar serviços como seguro viagem, ingressos para teatro, etc. A ViajaNet está fechando parcerias com sites de compras coletivas e já faz atendimento a empresas de pequeno e médios portes.

A maior agência do país, a CVC optou por um modelo misto. Desde 2011, vende pacotes de turismo pelo site, que responde por 5% do faturamento. As 720 lojas de rua da CVC ficam com 70% das vendas. Os 25% restantes são comercializados por agências de viagens que trabalham com diversas operadoras. Segundo a empresa, 80% de seus clientes consultam o site para depois fechar a compra nas lojas de rua.

Dados da Associação Brasileira de Gestores de Viagens Corporativas (ABGEV), indicam que o turismo de lazer faturou R$ 18,1 bilhões em 2011. A receita bruta total do turismo foi de R$ 43,3 bilhões no ano passado. O mercado corporativo ficou com 58,1%, ou R$ 25,16 bilhões. Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav Nacional), Edmar Bull, há espaço para as duas modalidades de agências conviverem no futuro: as viagens mais sofisticadas devem permanecer com as agências de ruas, enquanto viagens mais simples serão atendidas pelas agências virtuais.

Valor Econômico

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