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Marco Ferraz, presidente da Braztoa
Com 24 anos de atuação no mercado, a Shangri-la acaba de anunciar o encerramento de suas operações a partir de hoje (27/12). Com isso, pelo menos mil clientes que adquiriram pacotes da operadora não poderão viajar. Para tentar reverter esse cenário, a Braztoa se colocou a disposição para atender esses clientes. Em entrevista ao MERCADO & EVENTOS, o presidente da entidade, Marco Ferraz, disse que já entrou em contato com os associados Braztoa e que todos farão o possível para que os passageiros possam embarcar. “A Shangri-la é uma operadora mais presente no Rio de Janeiro e por isso, muitos dos associados da cidade já se colocaram a disposição para atender com preços e descontos favoráveis esses passageiros”, disse.
Para Ferraz, não há evidências de que os problemas tanto com a Shangri-la quanto com a Tia Augusta tenham sido estruturais. Segundo ele, o resultado ruim do segundo semestre ajudou a acarretar esses prejuízos. “Todos nós sofremos um pouco nesse segundo semestre com a alta no câmbio, o endividamento das operadoras, a redução do PIB do país e a intermediação de hotéis e companhias aéreas diretamente com o público. Tudo isso diminuiu o volume do semestre e algumas operadoras tiverem problemas”, contou.
O presidente ainda falou do envolvimento da Abav-RJ para ajudar a sanar as questões junto aos clientes. “Eles instalaram um call center para atender as dúvidas e demanda desse público, como cancelamento de pagamentos não feitos e outras informações necessárias”, disse. Ferraz também disse que essa temporada ainda tem lugares disponíveis, ou seja, o embarque dessas pessoas que compraram pacotes da Shangri-la será possível.
O presidente acredita que esses casos foram pontuais e que 2013 se mostra promissor para o segmento. “Muitos investimentos estão sendo feitos no mercado. Estamos nos adaptando para acompanhar as novas demandas dos clientes que buscam e compram online. Novas ferramentas estão sendo desenvolvidas para esse tipo de atendimento e ainda temos a vantagem de ter um staff offline ara atendimento”, comentou. Para ele, os meses de dezembro e janeiro são de entrega, mas a partir de fevereiro (depois do Carnaval) as vendas irão aumentar. “Estamos trabalhando muito para que esse tipo de coisa aconteça novamente, com consultorias e conscientização dos operadores na forma de comercialização. Não podemos dizer como cada operadora deve vender seus produtos, mas estamos levando conhecimento para o mercado para que eles possam usar da melhor forma possível”, finalizou.
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