Com 36 empresas adquiridas em 2023, BeFly deve fechar ano com até R$ 11 bilhões de faturamento

Marcelo Cohen, CEO da BeFly (Pedro Menezes/M&E)

SÃO PAULO – Com 36 empresas adquiridas apenas ao longo deste ano, o Ecossistema BeFly deve finalizar 2023 com faturamento superior a R$ 10 bilhões e cerca de 1,5 mil colaboradores trabalhando em sua Sede do Futuro, na capital paulista, e ao redor do Brasil. Com R$ 5,5 bilhões faturados no primeiro semestre e todas as metas batidas, o CEO da BeFly, Marcelo Cohen, não poderia estar mais feliz, mas sabe que ainda há muito a melhorar.

Uma decisão, lá em 2020, foi o pontapé inicial para criar o que é hoje uma das maiores holdings de Turismo que o Brasil já viu. Em entrevista ao M&E, o CEO da BeFly, Marcelo Cohen, reconhece a decisão fundamental que teve durante a pandemia. Ao invés de encerrar as operações da Belvitur, a maior agência corporativa de Minas Gerais, como já tinha pensado, Cohen fez o caminho contrário e aproveitou aquele momento de paralisação e muitas baixas para acelerar.

“Temos que melhorar a receita líquida, melhorar o atendimento, investir em automatização e sistemas”, disse ele, ao M&E, logo questionado sobre possíveis novas aquisições. “Todo dia aparece uma aí na porta, e sempre avaliamos as oportunidades”

“Um dia eu acordei, fui para o escritório e pensei em fechá-lo e encerrar as operações. Mas acabei fazendo ao contrário e resolvi então acelerar. No dia 23 de março de 2020, ao invés de fechar, começamos a fazer aquisições com o capital que estava guardado e dinheiro que estava investido nos Estados Unidos”, disse Cohen, ao pensar também nas famílias que dependiam da sua empresa para sobreviver. “Naquele primeiro momento, compramos logo duas startups”, completou.

Pouco tempo depois, Marcelo Cohen ligou para o Elói D’Avila, fundador da Flytour, e demonstrou interesse em comprar a empresa. Cohen adquiriu a consolidadora e assumiu a dívida que era de mais de R$ 300 milhões. Este foi o ponto alto para a criação do Ecossistema BeFly que, só em 2023, conta com 36 empresas adquiridas, como a STB, líder de intercâmbio no Brasil. “E vamos faturar R$ 10 bilhões em 2023, se der sorte podemos chegar a R$ 11 bilhões”, destacou ele.

Apesar do faturamento bilionário, Cohen está em busca de aumentar mesmo a receita líquida (é o montante arrecadado com valores de determinados impostos, descontos, devoluções de produtos, comissões ou multas descontados). “Temos que melhorar a receita líquida, melhorar o atendimento, investir em automatização e sistemas”, disse ele, ao M&E, logo questionado sobre possíveis novas aquisições. “Todo dia aparece uma aí na porta, e sempre avaliamos as oportunidades”, finalizou.