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Aviação

​Greve pode acontecer no dia de maior fluxo de passageiros da história

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, comentou que sindicato está cumprindo o seu papel

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, comentou que sindicato está cumprindo o seu papel


O dia previsto para ter a maior movimentação de passageiros na história da aviação brasileira pode acabar em uma greve do sindicato dos aeronautas. Três representações dos trabalhadores do setor (entre aeronautas e aeroviários) negociam com a Abear e membros de companhias aéreas melhorias trabalhistas. “O ano teve resultados muito ruins para o setor. A proposta foi de 5,6%, o que significa a reposição integral da inflação”, afirmou Eduardo Sanovicz, presidente da associação.

Nesta sexta-feira (20), o tráfego esperado para os aeroportos nacionais está entre 380 e 400 mil pessoas. Se confirmado, será o maior recorde registrado na história e, segundo Sanovicz, o número não será batido durante as férias deste ano, entre dezembro e fevereiro. “Se toda a cadeia estiver funcionando vamos dar conta”, disse em relação à demanda nestes meses. Porém, a categoria pode deflagrar uma paralisação neste mesmo dia devido ao impasse sobre o reajuste salarial para o ano.

Eduardo Sanovicz fez questão de ressaltar que não integra o grupo (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias – SNEA) que negocia junto aos sindicados e federações. A primeira oferta foi recusada e uma contraproposta, manteve o aumento de 5,6% e ainda amplia cláusulas sociais. “Elas [cláusulas] não estão diretamente ligadas aos salários, mas refletem em ganho direto”, explicou. Um exemplo citado é o período de sobreaviso, que atualmente é de 90 minutos e pode ser ampliado para 150.

Entretanto, o presidente afirmou que a Fentac já aceitou a contra proposta. As negociações com as demais representantes dos trabalhadores depende da avaliação destas sobre a contraproposta. Nesta tarde, às 17h, o SNA realiza assembleia em cinco Estados para avaliar os ajustes apresentados. “O sindicato está fazendo a parte dele”, afirmou o presidente.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que, caso exista paralisação, 80% da categoria deve trabalhar. Se não for cumprido, o sindicato trá que pagar multa de R$ 100 mil por dia.

Arthur Stabile
Fotos: Eric Ribeiro / Arthur Stabile

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